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Carlos Santos morreu devido a "pós-operatório traumático"

28 de novembro de 2016 às 17:38

As causas da morte estão relacionadas com uma cirurgia à coluna cervical. Carlos Santos morreu este domingo

O actor Carlos Santos morreu este domingo, na sequência de uma cirurgia à coluna cervical e de um pós-operatório traumático, avança o Diário de Notícias. 

A agência que representava o actor, HIT Management, fez um comunicado no Facebook a anunciar a morte de Carlos Silva. O actor, de 79 anos, morreu pelas 20h no Hospital de Faro, devido a um "pós-operatório traumático na sequência de uma intervenção cirúrgica na coluna cervical".

O corpo do actor vai estar em câmara ardente na Capela dos Claustros da Basílica da Estrela, em Lisboa, a partir das 17:00 de hoje.

O funeral realiza-se às 16:00 de quarta-feira para o cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado, disse à Lusa fonte próxima do actor.



Distinguido pelo papel de Rosa Casaco.
Estreou-se profissionalmente em 1963, ia casar em Dezembro com a actriz Amélia Videira e teve uma das últimas distinções no desempenho do PIDE Rosa Casaco, no filme "Operação Outono", de Bruno Almeida.

A série "Terapia" foi dos seus últimos trabalhos em televisão.

O desempenho no filme "Operação Outono", sobre os últimos dias do general Humberto Delgado, valeu a Carlos Santos o prémio de melhor actor de cinema da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e o prémio Sophia para melhor actor, da Academia Portuguesa de Cinema, em 2013.

No cinema, Carlos Santos trabalhou com Luís Filipe Rocha, António de Macedo, Joaquim Leitão, José Fonseca e Costa e Leonel Vieira.

Também fez parte do elenco do derradeiro filme de Fernando Lopes, "Em Câmara Lenta".

Quando da entrega do prémio de melhor actor, da SPA, a Carlos Santos, este recordou que completava então (2013) 50 anos de carreira profissional, "em teatro, rádio, cinema e televisão", e 65 anos desde que pisara pela primeira vez um palco, no 'seu' Liceu Gil Vicente, em Lisboa, tendo trocado o curso de Medicina, pelo trabalho de actor.

Carlos Santos, na altura, destacou ainda a importância da memória, e do filme de Bruno de Almeida, ao falar de Humberto Delgado, o candidato da oposição à ditadura, em 1958, e do seu assassinato; a importância de haver um filme a falar da PIDE, "daqueles torcionários e daquele julgamento horroroso, feito nos anos 1980, em que todos os pides foram ilibados".

"E é este o caminho - prosseguiu o actor nas suas declarações -, o caminho em que temos vindo a regredir após o 25 de Abril, aliás, após o 25 de Novembro".

Carlos Santos, que se estreou com José Viana no Teatro de Revista ("uma homenagem que tarda", disse o ator) somou, nos últimos anos, participações em "Bem-vindos a Beirais", "Vidas de sal", "O bairro da fonte", "Uma família açoriana", "O teu olhar", "Quando os lobos uivam", "A viúva do enforcado".

"O julgamento", "A capital", "O amor desceu em paraquedas", "Tudo isto é fado", "Olhó passarinho", "A banqueira do povo", "A selva" e "Tarde demais" foram outros trabalhos em que Carlos Alberto participou como actor.

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