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Benfica treme mas não cai e sai do dérbi ainda mais líder

11 de dezembro de 2016 às 20:49

O Benfica venceu hoje o Sporting por 2-1, mas teve de sofrer durante quase toda a segunda parte do dérbi da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que lhe permitiu solidificar a liderança da prova

O Benfica venceu o Sporting por 2-1, mas teve de sofrer durante quase toda a segunda parte do dérbi da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que lhe permitiu solidificar a liderança da prova.

Salvio (24 minutos) e Raúl Jiménez (47) colocaram o Benfica com dois tentos de vantagem sobre o eterno rival, mas o golo de Bas Dost (69) fez tremer as hostes encarnadas, que tiveram de sobreviver a um autêntico assalto do adversário durante quase toda a etapa complementar.

Desta forma, os tricampeões nacionais seguraram a liderança da I Liga e recuperaram a vantagem de cinco pontos para os leões, que, com este desaire, foram ultrapassados pelo FC Porto, agora segundo classificado, a quatro das águias.

No 299.º dérbi da história, os dois rivais entraram no Estádio da Luz após derrotas na Liga dos Campeões, a meio da semana, mas, ainda assim, nenhum dos treinadores caiu na tentação de operar uma revolução no respetivo onze.

Se Rui Vitória se limitou a mexer no flanco esquerdo do ataque, lançando Rafa para o lugar de Cervi, Jorge Jesus também pouco alterou, fazendo regressar João Pereira e Bryan Ruiz à titularidade, por troca com Paulo Oliveira e Markovic, além de ter contado com Adrien e Gelson Martins, que estavam em dúvida.

Como tinham previsto os dois treinadores na véspera, o encontro da Luz teve intensidade em níveis máximos e, logo nos primeiros minutos, Gelson deixou André Almeida pregado ao relvado e testou Ederson, antes de Rafa obrigar Rui Patrício a defesa atenta.

Pouco depois, o guardião brasileiro do Benfica, que voltou a ser decisivo em muitas fases do jogo, voltaria a ser colocado à prova, num cabeceamento de Bryan Ruiz.

Contudo, seriam as águias a colocar-se na frente do marcador, num contra-ataque superiormente delineado: Gonçalo Guedes progrediu com a bola, deixou para Rafa na esquerda e o internacional luso cruzou para o segundo poste, onde surgiu Salvio a faturar o terceiro tento da carreira aos verde e brancos.

Os tricampeões poderiam mesmo ter saído para o intervalo com uma vantagem mais dilatada, não fosse o desperdício inacreditável de Raúl Jiménez, que, na cara de Rui Patrício, isolado por um jogador forasteiro, não teve arte nem engenho para bater o guardião sportinguista.

A resposta do Sporting surgiria logo nos instantes iniciais da etapa complementar, com Bas Dost a rematar ao poste, mas, nem um minuto decorrido, o Benfica revelou eficácia máxima e ampliou a vantagem, por Raúl Jiménez, que se redimiu da ocasião anterior e correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Nélson Semedo.

De resto, este acabaria por se revelar um tento sobejamente importante para os encarnados, tendo em conta o que viria a suceder durante grande parte da segunda parte, a começar pela lesão de Salvio, aos 55 minutos, situação que levou Rui Vitória a colocar Danilo em campo e a desviar Pizzi para a direita.

A partir deste momento, o Benfica passou a ter enormes dificuldades para construir jogo por dentro e, invariavelmente, foi permitindo que o Sporting ganhasse ascendente no jogo, também por culpa das alterações operadas por Jorge Jesus, sobretudo a entrada de Joel Campbell, ao intervalo.

O costa-riquenho dinamizou sobremaneira o ataque verde e branco e esteve envolvido na maioria dos lances de perigo junto à baliza de Ederson, que, à passagem da hora de jogo, evitou, por duas vezes, que o Sporting reduzisse a margem, negando os golos a William Carvalho e a Bas Dost.

Ainda assim, o avançado holandês acabaria mesmo por levar a melhor sobre o guarda-redes brasileiro, a 20 minutos do final, dando a melhor sequência a um cruzamento de Joel Campbell e aproveitando a apatia defensiva do adversário.

O Benfica via-se encostado à sua grande área e, à excepção de algumas incursões de Cervi e Rafa, pouco conseguiria fazer para incomodar Rui Patrício, tentando defender como podia a magra vantagem.

Com o passar dos minutos, o triunfo parecia começar a escapar das mãos benfiquistas, dado o autêntico assalto dos sportinguistas, mas, depois de duas épocas seguidas sem conseguir vencer o dérbi na Luz, os tricampeões seguraram mesmo a vantagem tangencial e deixaram os mais de 63.000 espectadores em êxtase.

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