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Autor do massacre de Dallas acusado de abuso sexual no exército

09 de julho de 2016 às 14:49

Segundo os dados mais recentes da investigação, o suspeito do ataque que matou cinco polícias tinha em sua casa material para fabricar bombas, coletes anti-bala, espingardas, munições e um diário pessoal sobre tácticas de combate

Michael Xavier Jonhson, o autor do massacre de cinco polícias na quinta-feira em Dallas, no Texas, abandonou o exército depois de ter sido acusado de abuso sexual e ter sido aconselhado a receber ajuda psiquiátrica.

Segundo o New York Times, o soldado pediu em 2014 uma ordem de protecção e o exército iniciou um processo para conceder baixa a Johnson. "Não gostavam dele, isso ficou bem claro ao falar com o seu comandante", disse ao jornal Bradford Glendening, advogado militar designado para o representar.

 

Seguindo o conselho do seu mandatário, Johnson renunciou ao direito de ter uma audiência e recebeu baixa do exército em Abril de 2015.

 

Então, Johnson, de 25 anos, regressou do Afeganistão e foi para Dallas, onde começou a interessar-se por organizações e grupos afro-americanos com tendências racistas, segundo relata o mesmo jornal.

 

O jovem perpetrou o massacre com o objectivo deliberado de "matar pessoas brancas, especialmente agentes da polícia brancos", por estar indignado com a morte de negros causada pela intervenção de polícias brancos, explicou na sexta-feira o chefe da polícia de Dallas, David Brown.

 

Isso foi o que o agressor disse aos negociadores durante a ocorrência, antes de morrer devido à explosão de uma bomba que a polícia enviou, através de um robot, até ao estacionamento em que se encontrava entrincheirado. O recurso a esta tecnologia não é habitual fora das zonas de guerra. Aliás, que se saiba foi esta a primeira vez que um robot-polícia foi utilizado para eliminar um suspeito. Com 25 kg de peso, em média, são manipulados remotamente, têm baterias que lhes dão autonomia e braços extensíveis.

 

Segundo os dados mais recentes da investigação, o suspeito tinha em sua casa material para fabricar bombas, coletes anti-bala, espingardas, munições e um diário pessoal sobre tácticas de combate.

 

Fontes do Pentágono disseram à agência EFE que Johnson esteve destacado entre Novembro de 2013 e Julho de 2014 no Afeganistão com o exército dos Estados Unidos e que entre Março de 2009 e Abril de 2015 integrou a reserva como especialista em serviços de carpintaria e alvenaria.

 

O massacre na quinta-feira, que comoveu o país, provocou também nove feridos, dois civis e sete polícias. O ataque aconteceu durante uma manifestação contra a violência policial sobre os negros, no seguimento da morte de mais dois norte-americanos atingido pelas autoridades.


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