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Autárquicas: Candidato do Chega quer o Porto com mais habitação de renda acessível

19 de setembro de 2021 às 12:13

António Fonseca, atual presidente da Junta do Centro Histórico do Porto, eleito nas listas do presidente do município, o independente Rui Moreira, questionou como é que um casal jovem consegue constituir família pagando 800 euros por um T2 e um emprego precário.

O cabeça de lista do Chega à Câmara Municipal do Porto, António Fonseca, defendeu este domingo a compra de habitação para colocar no mercado de arrendamento com rendas acessíveis e, assim, fixar jovens na cidade.

"Uma das medidas cruciais para nós é, precisamente, comprar logo no primeiro ou segundo ano habitação, comprar mesmo como aconteceu nos anos 80, e colocá-la com rendas acessíveis para jovens até aos 35 anos", disse o candidato aos jornalistas, numa ação de campanha que decorreu esta manhã junto à praia da Luz, no Porto.

António Fonseca, atual presidente da Junta do Centro Histórico do Porto, eleito nas listas do presidente do município, o independente Rui Moreira, questionou como é que um casal jovem consegue constituir família pagando 800 euros por um T2 e um emprego precário.

Apontando críticas ao atual líder da autarquia portuense, o candidato do Chega referiu que, ao longo destes oito anos de governação, Rui Moreira não construiu, nem comprou habitação de renda acessível para os jovens.

Lembrando que o Porto tem muitos estudantes, António Fonseca salientou que ter habitação acessível era uma forma de os fixar cá, após concluírem os seus estudos.

"Aliás, muitos deles até querem cá ficar porque conseguiram emprego depois de concluir o curso, mas não conseguem por causa do preço das rendas", vincou.

O custo da habitação interfere, depois, nas possibilidades dos jovens constituírem família, apontou, acrescentando que por esse motivo é que Portugal está "na cauda" da Europa em termos de natalidade.

Além da habitação para os jovens, António Fonseca apontou a necessidade de se intervir nos bairros sociais que no exterior estão "bem pintadinhos", mas no interior estão "em mau estado".

"Quem vir as fachadas de muitos dos prédios dos bairros sociais diz que estão bonitos, mas depois vê-se o seu interior e está uma desgraça", sublinhou.

Ainda nesta matéria, o candidato do Chega falou no excesso de criação de zonas pedonais na cidade, não permitindo nas mesmas fixar população porque são destinadas a "população flutuante".

"Eu acho que as zonas pedonais em alguns sítios fazem sentido, mas se continuarem, como estão, a transformar algumas ruas do centro do Porto em zonas pedonais vamos ter aqui uma estância turística ou uma aldeia turística e, quando não houver turistas, tal como sucedeu na pandemia, o Porto torna-se uma cidade-fantasma", frisou.

São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de 26 de setembro, Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" - apoiado por IL, CDS, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).

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