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PSP diz que está atenta a ameaças de grupos negacionistas e antivacinas

17 de setembro de 2021 às 14:17

"É público que a postura deste grupo de cidadãos que se afirmam como negacionistas tem vindo a ser alterada e é algo que nós integramos na avaliação das medidas de segurança", referiu o intendente Nuno Carocha.

A PSP está atenta à escalada de tensão por grupos negacionistas e anti-vacinas covid-19, adiantou esta sexta-feira o porta-voz do Comando Nacional da Polícia, que vincou que a situação está a ser integrada na avaliação de risco.

"É público que a postura deste grupo de cidadãos que se afirmam como negacionistas tem vindo a ser alterada e é algo que nós integramos na avaliação das medidas de segurança. Consoante a evolução da situação, estamos permanentemente a monitorizar a eficácia das medidas que estão implementadas no sentido de garantir que são as necessárias ou se se justificam outras ou até mais medidas", disse à Lusa o intendente Nuno Carocha.

Sem querer comentar o reforço de segurança de qualquer pessoa em particular, o porta-voz da PSP disse que as autoridades têm tido "uma postura assertiva" perante estes grupos de cidadãos em todos os eventos, "sem colidir com o usufruto desse direito constitucional" de se reunirem e manifestarem publicamente.

O Expresso publicou esta sexta-feira que as autoridades estariam a planear um reforço da segurança de alguns políticos, nomeadamente ministros, face aos recentes incidentes que envolveram o coordenador da 'task force' da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, além das ameaças do juiz negacionista Rui Fonseca e Castro a agentes da polícia.

"Tudo o que possa influir no risco associado a determinada pessoa é tido em conta por parte da PSP. Temos as medidas de segurança em vigor para a proteção de qualquer pessoa em permanente avaliação. Qualquer alteração de contexto que surja é imediatamente integrada no processo de avaliação, no sentido de aferir se as medidas se mantêm pertinentes ou se é preciso proceder à sua revisão", disse Nuno Carocha à Lusa.

"Têm sido comunicadas todas as situações ao Ministério Público (MP) para avaliação de algum possível incumprimento criminal e vamos continuar atuando. As pessoas podem usufruir desse direito, mas nós vamos continuar atuantes na rua e comunicando ao MP factos que consideremos de relevo e que possam merecer a apreciação por parte da autoridade judiciária", afirmou.

Questionado sobre o risco de ações de grupos negacionistas nas eleições autárquicas, agendadas para 26 de setembro, o Nuno Carocha manifestou "convicção de que os cidadãos têm noção de que para usufruírem dos seus direitos têm também de respeitar os direitos dos outros" e de que não deverão registar-se incidentes.

"O exercício do direito de reunir e de manifestação é uma coisa e as eleições autárquicas são outra. Todos os cidadãos sabem o papel que podem e devem ter no contexto de umas eleições e no contexto do usufruto do direito de reunião e manifestação. Não esperamos problemas, mas estamos muito atentos e a acompanhar todos os processos para sermos atuantes e podermos evitar tanto quanto possível a ocorrência de qualquer problema", concluiu.

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