"Já mostrámos nesta sala livros escolares ucranianos que alegam que os judeus, os franceses, os portugueses e muitos outros povos descendiam dos antigos ucranianos. Que bem pode advir deste delírio e heresia históricos?", questionou Nebenzya.
O embaixador russo Vasily Nebenzya, cujo país preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, acusou os países ocidentais de quererem abafar o facto de, nos países europeus, estarem a ser retiradas crianças aos refugiados ucranianos.
A Rússia anunciou, no sábado, a suspensão da sua participação no acordo sobre as exportações de cereais dos portos ucranianos após um ataque de 'drones' que visou a frota russa estacionada na baía de Sebastopol, na Crimeia anexada.
O projeto de resolução, elaborado pela União Europeia e copatrocinado por dezenas de países de vários continentes, obteve 143 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções.
Vasily Nebenzya criticou o Ocidente por fornecer armamento e artilharia de longo alcance a Kiev, visando atingir "a população civil de língua russa" na região do Donbass.
Investigação do New York Times indica que cadáveres foram deixados nas ruas ainda durante a ocupação dos russos. Na ONU, Rússia voltou a reafirmar que tudo não passa de uma encenação ucraniana.
No Conselho de Segurança das Nações Unidas, EUA, França e Reino Unido afirmaram que os bombardeamentos incessantes da Rússia a cidades e infraestruturas críticas da Ucrânia criaram uma das maiores crises humanitárias das últimas décadas.
"O que a Rússia precisa de fazer é parar de lutar. Precisa parar de matar ucranianos", frisou embaixadora norte-americana nas Nações Unidas.
Representante russo na ONU diz que Brent Renaud, que morreu este domingo em Irpin, "não era jornalista" e que território estava sob controlo de forças ucranianas. Norte-americano estava a cobrir a crise de refugiados num projeto da revista TIME.
Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo culpou os ucranianos de terem iniciado o ataque. Ucrânia acusou Rússia de mentir.
