
Primo de Sócrates herdaria 80% da fortuna do amigo
José Paulo era o principal herdeiro do património de uma offshore de Santos Silva, em caso de morte do amigo de Sócrates.
José Paulo era o principal herdeiro do património de uma offshore de Santos Silva, em caso de morte do amigo de Sócrates.
Em causa está um processo que acabou por ser separado da Operação Marquês e no âmbito do qual o juiz Ivo Rosa mandou para julgamento, em abril de 2021, José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e outros tantos de falsificação de documento.
Voltou à ribalta, mas uma ameaça durante um passeio obrigou-o a mudar a rotina. Dedica-se à defesa e a namorada tornou-se devedora ao Fisco.
Esta é uma história de egos enormes e uma soma de denúncias; da Odebrecht e do dossiê Isabel dos Santos; de Mexia, Pinho e do enigmático Príncipe; dos milhões a devolver ou talvez não; dos clamores públicos e das perseguições; do telemóvel da discórdia e o parecer do interessado Germano. E ainda dos desembargadores chateados e dos documentos sigilosos; das alfinetadas matreiras e, afinal, para que serve o Conselho Superior da Magistratura.
O coletivo que irá julgar a Operação Lex será assim composto pelo conselheiro António Latas (relator) e pelos conselheiros adjuntos Jorge Gonçalves e João Rato.
Cumpre-se hoje, 21 de novembro, uma década que o ex-primeiro ministro foi detido. Acusado de corrupção, ainda não foi julgado. Recordamos os 10 momentos mais importantes da Operação Marquês.
A transação de 104 lingotes de ouro, os 180 milhões em fuga ao fisco de um comissionista, uma cátedra da mulher paga por um empresário ajudado pelo Governo e a acusação judicial a um ex-ministro: o caso Koldo (e as suas muitas ramificações) salpica o governo e o PSOE. Relatório da Guardia Civil visando ex-ministro Ábalos traz novas revelações.
O controlo das finanças pessoais da vítima após manipulação ou coação graves é uma evidente forma de violência doméstica. A violência financeira, se quisermos usar este termo, é quase um intermédio entre a violência física e a violência psicológica.
Entre 2012 e 2014, a cimenteira francesa Lafarge pagou dezenas de milhões de euros ao autoproclamado Estado Islâmico para manter o monopólio na área e lucrar com a atividade do grupo terrorista.
O Ministério Público diz que o empresário recebeu €101 milhões da multinacional Asperbras que não declarou ao fisco português. Por isso, quer cobrar-lhe mais de €43 milhões. E ainda pondera acusá-lo de lavagem de dinheiro e corrupção num esquema que envolveu imóveis e carros de luxo, cofres secretos e até avestruzes e o cavalo Tirolez.
Para tentar concretizar os negócios envolveu o então CEO do Banco Carregosa, um alto quadro do BES e Miguel Relvas. A investigação da PJ terminou no fim de 2022, mas o MP adiou o fim do caso porque mandou transcrever de forma integral mais de mil escutas telefónicas. O caso arrasta-se há 10 anos, mas recentemente Veiga conseguiu que um juiz de Cabo Verde lhe libertasse cerca de €60 milhões que estavam apreendidos a pedido das autoridades portuguesas. Depois, tentou transferir quase €37 milhões – e nasceu um novo processo.
Em 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair a maioria dos crimes imputados aos 28 arguidos da Operação Marquês.
Um acordo criminoso não cumprido na venda de um terreno público que iria defraudar o Estado. Uma autarca endividada por empréstimos pessoais e que tomava decisões após consultar uma “conselheira espiritual”. O dinheiro encontrado num cofre e em envelopes. E o alegado pacto do deputado do PS com os dois amigos que tinham feito juras de fidelidade nos templos da maçonaria.
Decisão da Relação foi conhecida esta quinta-feira e repõe quase na totalidade a acusação do Ministério Público.
Os crimes do governante, amnistiou-os o Governo. O resto é um lastro de privilégio, impunidade e do triunfo do poder sobre a maltratada “ética republicana”.
Domenico Giorgi era conhecido das autoridades portuguesas pelo menos desde 2008. É suspeito de lavar dinheiro proveniente do narcotráfico com negócios na restauração.