Greve geral: Professores do superior e investigadores protestam por melhores condições
Além das propostas do Governo para o pacote laboral Trabalho XXI, o sindicato aproveita a paralisação para recordar reivindicações antigas.
Além das propostas do Governo para o pacote laboral Trabalho XXI, o sindicato aproveita a paralisação para recordar reivindicações antigas.
O secretário-geral do PS reafirmou que é favorável a uma reforma do Estado, mas esta tem de ser feita "em diálogo", criticando uma reforma que afeta diretamente "aquele que é o esteio da investigação e do conhecimento no país", sem essa auscultação prévia.
O trabalho científico em Portugal é assegurado maioritariamente por investigadores com bolsa ou com contrato de trabalho a termo.
Esta semana, João Paulo Batalha escreve sobre as restrições à liberdade de expressão e manifestação das democracias da Europa
Esta quarta-feira, investigadores vão reunir-se com o ministro da Educação e Ensino Superior para discutir a nova proposta para a carreira científica.
Ministra do Ensino Superior descartou criar já uma estrutura nacional, mas garante que "está de portas abertas para ajudar naquilo que for necessário".
José Moreira, recém-eleito presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, aponta que os casos denunciados são "apenas a ponta de um icebergue".
"O capitalismo colapsa sem o trabalho doméstico das mulheres", defende Cheila Collaço Rodrigues, ativista do núcleo de Lisboa da Rede 8 de Março.
À semelhança do que acontece no ensino básico e secundário, o envelhecimento é um dos principais dilemas com que se debatem as instituições de ensino superior.
Só falta o aval do ministro das Finanças para 25 investigadores com vínculos precários conseguirem os seus contratos. Há quem salte de contrato em contrato ou de bolsa em bolsa sem vincular há 30 anos.
Ou associados e para os laboratórios do Estado. É o que dizem os críticos do diploma do governo que privilegia candidatos internos. E nem Marcelo escapa por ter aprovado diploma. PGR e Provedoria de Justiça vão receber queixa.
A presidente do SNESup lembrou que houve "dinheiro que estava orçamentado e não foi gasto": "Se tivéssemos gasto tudo o que estava orçamentado, a diferença seria de 135 milhões de euros", disse.
"Abrir três cursos de medicina significa que temos de ter professores contratados com qualificação própria", explicou Mariana Gaio Alves.
As vagas aumentam, mas a falta de professores mantém-se. Também os modelos de acesso ao Ensino Superior são os mesmos desde 1996, ano em que os exames passaram a ser obrigatórios para entrar na faculdade.
As instituições de ensino superior de Lisboa e do Porto representam quase metade dos lugares disponíveis, e tiveram o maior reforço com mais de 200 vagas adicionais.
Os estabelecimentos de ensino já estão a preparar as listas para testar os alunos no regresso às aulas, mas lançam vários alertas sobre a testagem. Aulas laboratoriais regressam ao regime presencial e teóricas dependem de cada faculdade.