Os casos de violência nas escolas têm motivado pais a pedirem um aumento da segurança dentro dos estabelecimentos, inclusive câmaras de vigilância. CONFAP e ANDAEP dizem que não é prioridade.
No arranque do ano letivo, a informação prestada às escolas era que os alunos do 3º e 4º ano não iam ter de devolver os manuais escolares. No final do ano letivo os pais receberam uma indicação contrária, já depois de as crianças terem usado os livros. Agora correm o risco de ter de os pagar.
A inscrição dos alunos que terminaram o 4.º ano começou na quinta-feira e tinha como prazo limite o dia 10 de julho, segunda-feira, mas vários encarregados de educação relataram que o portal das matrículas está a bloquear a meio, não permitindo concluir o processo.
Há escolas que estiveram fechadas durante um mês, crianças que não sabem ler no final do 2º ano e adolescentes que temem pelos resultados dos exames nacionais. Em desespero, muitos pais recorrem a centros de explicações.
No sábado, os professores e funcionários das escolas voltam a participar em mais uma manifestação nacional que se realizará em Lisboa.
Para a Confederação Nacional das Associações de Pais este aumento "não é estranho" dadas as maiores dificuldades que alguns alunos sentiram com a "distância" do ensino".
Um relatório da UNESCO apela a que se mantenha o foco no ensino presencial na próxima década, já que é a melhor forma de garantir o desenvolvimento das crianças. Pais concordam e alertam para aprofundar das desigualdades entre alunos.
Plano de recuperação de aprendizagens foi apresentado pelo Governo - 900 milhões de euros para os próximos dois anos letivos. Pais estão satisfeitos, diretores de escolas consideram positivo, professores estranham que só 140 milhões se destinem a recursos humanos.
"Obviamente, a comparação ajuda-nos sempre a melhorar e a evoluir, se olharmos para ela desta perspetiva", defendeu o representante dos pais em declarações à agência Lusa.
O sucesso do regresso às aulas "está muito mais dependente dos comportamentos, das atitudes e dos cuidados que cada um adota", sublinha presidente da Confap.
As escolas públicas têm cerca de 1,2 milhões de alunos que em março deixaram ter aulas presenciais devido à evolução da pandemia de covid-19.
A menos de um mês do início das aulas, que vão começar entre os dias 14 e 17 de setembro, as famílias continuam sem saber como será a vida estudantil dos filhos.
Alunos e professores foram obrigados a trocar as salas de aula pelas suas casas em 16 de março, quando o Governo decidiu suspender todas as atividades letivas presenciais.
Depois de dois meses confinados em casa devido à pandemia, "algumas famílias continuam receosas e precisam ganhar confiança para mandar os filhos para a escola", alertou o presidente da Confap.
As aulas do programa #EstudoEmCasa, um conjunto suplementar de recursos educativos, criado pelo Ministério da Educação, começaram a ser transmitidas na RTP Memória na segunda-feira e até ao final do terceiro período vão ocupar parte da programação diária do canal.
Governo decidiu manter as escolas fechadas e optar pelo ensino à distância até ao final do atual ano letivo, tendo em conta a pandemia de covid-19.
