Produção mundial de vinho recupera em 2025, Portugal em quebra devido ao clima
Os especialistas apontaram o dedo ao inverno seco, seguido de chuvas recordes na primavera, agravadas depois por sucessivas ondas de calor no último verão.
Os especialistas apontaram o dedo ao inverno seco, seguido de chuvas recordes na primavera, agravadas depois por sucessivas ondas de calor no último verão.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a procura por arrefecimento pode triplicar nos próximos 25 anos devido ao aumento da população, a ondas de calor extremas mais frequentes e ao aumento de famílias de baixos rendimentos.
A COP30, a chamada “COP da Implementação” decorre entre os dias 10 e 21, em Belém, Brasil, e apela à transformação dos compromissos climáticos em ações concretas.
A associação Zero alerta que é preciso preparar Portugal para a adaptação a um clima mais quente, principalmente no que respeita às ondas de calor e à preparação das habitações "com prioridade para o isolamento, mas também com instalação de equipamentos de refrigeração".
Resultados do estudo representam aproximadamente 30% da população europeia.
"As elevadas emissões causadas por estes incêndios têm o potencial de afetar não só as cidades espanholas, mas também o resto da Europa Ocidental e todo o continente", disse o cientista-chefe da Organização Meteorológica Mundial.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
Assinala-se unicamente uma melhoria na Europa Central, estando a humidade do solo e o estado da vegetação a voltar ao normal na Alemanha, Suíça, Áustria e República Checa.
Segundo relatórios recentes da Organização Internacional do Trabalho, o calor excessivo é a causa de mais de 22,85 milhões de lesões de trabalhadores em todo o mundo.
O presidente da Zero destacou também o muito tempo de recuperação de serviços de ecossistema, paisagem incluída, destruídos pelos incêndios, e estimou em centenas de milhões de euros as perdas económicas e ecossistémicas.
Um estudo demonstrou "níveis preocupantes" de poluentes que afetam a saúde pública, como ozono, compostos orgânicos voláteis oxigenados e nanopartículas altamente ácidas, cuja concentração aumentou com a temperatura exterior.
Colocar à frente da ventoinha uma garrafa de água gelada para espalhar ar fresco, ou escrever cinco problemas numa folha A4 para arrumá-los nas horas de sono são estratégias que ajudam. Além da alimentação leve e do telemóvel desligado. O pneumologista Joaquim Moita esclarece.
"A região está a enfrentar ondas de calor recorde, cada vez mais frequentes, intensas e mortíferas. Estes acontecimentos não são apenas inconvenientes - são assassinos silenciosos", disse Comissão Pan-Europeia do Clima e da Saúde.
As desgraças e a miséria precisam ser comunicadas, mostradas. Mas não precisam ser escalpelizadas ou hiperbolizadas para, assim, serem ignoradas.
Para Portugal, membro da União Europeia e comprometido com a neutralidade carbónica até 2050, este parecer reforça a necessidade de adotar políticas climáticas mais ambiciosas e coerentes com o direito internacional.
Recordando que a publicidade ao tabaco foi proibida por representar um risco grave para a saúde, a Zero diz que "faz cada vez menos sentido permitir que as empresas de combustíveis fósseis continuem a usar o poder da publicidade para normalizar, promover e até embelezar produtos que comprometem a saúde ambiental, agravam doenças respiratórias e cardiovasculares e aceleram a degradação climática".