Foi registada a existência de "malformações oculares" em coelhos "que receberam TFA", ainda que não haja dados relativos aos efeitos em pessoas.
A talidomida, um medicamento comercializado nos anos 50 e 60 para as náuseas no início da gravidez, causou milhares de casos de malformações fetais em diferentes países.
Rodrigo nasceu em 07 de outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, como falta de olhos, nariz e parte do crânio, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema.
Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto revela que esta descoberta "abre caminho para a investigação de novas terapias" para várias doenças genéticas associadas a defeitos nos cílios, vulgarmente conhecidas como ciliopatias.
Ordem dos Médicos defendeu que 10 das malformações de Rodrigo podiam ter sido detetadas nas ecografias feitas à mãe. Porém, o Ministério Público arquivou processo sem sequer ouvir o médico. A SÁBADO revela todos os pormenores da investigação.
A decisão motivou protestos no país. Interrupção voluntária da gravidez só será possível na Polónia em caso de violação, incesto ou ameaça à saúde e vida da mãe.
Rodrigo precisa de realizar ressonância magnética e TAC para avaliar hidrocefalia. Não há vagas para realizar os testes.
Artur Carvalho, envolvido no caso do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal aposentou-se no dia 1 de julho. Médico tinha 14 queixas em averiguação na Ordem dos Médicos em dezembro.
O Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos determinou a suspensão por cinco anos do obstetra do bebé de Setúbal que nasceu com malformações.
Conselho Disciplinar conclui que malformações em bebé foram detetadas às 31 semanas - mas deviam ter sido observadas à 19.ª. Queixa sobre o médico Artur Carvalho foi arquivada porque o prazo já estava prescrito.
Presidente disse que "não havia número de reclamações que justificasse intervenção" na clínica em Setúbal e remete responsabilidades para a Ordem dos Médicos.
A Entidade Reguladora da Saúde abriu um inquérito ao acesso a ecografias obstétricas em Lisboa, na sequência do inquérito da ARSLVT sobre o bebé que nasceu com malformações graves.
Conselho Superior e conselhos disciplinares regionais do Norte, Centro e Sul da Ordem dos Médicos vão ser ouvidos no parlamento a propósito do caso do bebé de Setúbal que nasceu com malformações graves.
O presidente da Associação Portuguesa de Diagnóstico Pré-Natal, Álvaro Cohen, abordou suspeitas lançadas sobre mais um médico que não terá detetado malformações nas ecografias de três bebés.
Cerca de 1400 casos são notificados por ano - e dados do Registo Nacional de Anomalias Congénitas revelam um aumento nos últimos anos.
Três crianças acompanhadas por este médico nasceram com malformações que deveriam ter sido detetadas nas ecografias. Um dos casos encontra-se no tribunal cível.
