Ataques em Moçambique. Populares encontram três corpos baleados em aldeia de Cabo Delgado
A população admite serem restos mortais de supostos terroristas abatidos.
A população admite serem restos mortais de supostos terroristas abatidos.
Só entre dezembro e março, o país já foi atingido por três ciclones, que, além da destruição de milhares de casas e infraestruturas, provocaram centenas de mortos no norte e centro do país.
O terrorismo islâmico reagrupou-se e está a regressar à região de Cabo Delgado, fazendo mais vítimas. Há já quem defenda que “isto não se vence militarmente”.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas é aterrorizada desde outubro de 2017 por rebeldes armados, sendo alguns reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Segundo Filipe Nyusi, as batalhas na região de Cabo Delgado resultaram na morte de grupos importantes de jihadistas. Seguem-se ao ataque a Macomia.
O país foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa. Antes do Kenneth, o Idai matou 603 pessoas.
O ataque aconteceu na aldeia de Minhanha, distrito de Meluco. Além dos crimes cometidos e do rasto de destruição, cinco dos 38 postos de recenseamento do distrito de Meluco estão paralisados devido aos ataques.
O número total de casos registados ascende a 30, dos quais 25 na cidade de Pemba e outros cinco no distrito costeiro de Mecúfi, mais a sul.
Surto surge depois da passagem do ciclone Kenneth, que matou 41 pessoas, segundo o levantamento provisório das autoridades, e afetou cerca de 166 mil pessoas.
Apesar de continuar a haver campos alagados e sete vias de comunicação cortadas, não há registo de inundações a isolar população após o ciclone Kenneth.
Bebés salvaram-se ao colo da avó e da mãe que fugiram pelos corredores da maternidade de Macomia.
O ciclone Kenneth foi o primeiro, desde que há registos, a atingir o Norte de Moçambique, onde provocou cinco mortos.
É o caso mais grave ao nível dos prejuízos em infraestruturas provocado pelo ciclone Kenneth na região.
Moçambique volta a ser atingido por um ciclone, depois do impacto do Idai, em 14 de março, que provocou pelo menos 603 mortos.
A 14 de março, Moçambique já tinha sido atingido pelo ciclone Idai, que provocou pelo menos 603 mortos.
O ciclone Kenneth chegou ao Norte de Moçambique classificado com a categoria quatro, a segunda mais grave, com ventos contínuos de 225 quilómetros por hora.