A APAV registou ainda 751 crimes de ameaça e coação, 634 de difamação e injúria 534 crimes sexuais contra pessoas adultas.
A transição de parte da nossa vida para o mundo digital é imparável e inevitável. Por isso, há que aprender a reconhecer o perigo, conhecendo os vários tipos de ameaças e as formas de nos precavermos.
Há redes nacionais e internacionais de crime organizado que criam mensagens de telemóvel, emails e perfis falsos nas redes sociais com o intuito de enganá-lo e fazê-lo divulgar os seus dados pessoais, códigos bancários ou fazer pagamentos e investimentos em produtos inexistentes. Deixar o mundo digital não é opção, mas há formas de reconhecer o perigo e reduzir o risco de cair num engodo. A SÁBADO conta-lhe a história de seis vítimas e os conselhos de seis especialistas em cibersegurança.
A maioria das vírimas eram mulheres, na faixa etária entre os 11 e 14 anos, de nacionalidade portuguesa, e a maior parte reside no distrito de Faro.
Só no ano passado o organismo atendeu 93.254 pessoas, tendo sido identificadas 16.185 vítimas.
Recebem mensagens nas redes sociais, são seduzidas por supostos militares ou médicos. Apaixonam-se e acabam por entregar milhares de euros para ajudar pessoas que nunca viram pessoalmente.
A manipulação de imagens afeta não só as celebridades, mas também o cidadão comum. À SÁBADO, especialistas garantem que com as eleições de 10 de março, à porta a probabilidade de os deepfakes aumentarem é bem provável.
Há cerca de dois anos, Francielle Rodrigues, nascida no Brasil, mas desde os cinco anos a morar em Portugal, publicou um vídeo na rede social TikTok que deu azo a uma enorme onda de insultos e discursos de ódio 'online'.
Crescimento das denúncias aconteceu durante a pandemia, mas por não serem um crime isolado não é possível ter uma ideia concreta do número de casos em investigação. Partidos apresentam propostas para autonomizar este crime e aumentar as penas.
A burla informática foi o crime mais cometido em 2021, representando 91% das denúncias feitas e sendo por isso o que mais condenações registou.
No ano em que comemorou 30 anos de existência, a APAV registou 66.408 atendimentos de pessoas vítimas ou não de crimes.
Cláudia Meira, gestora da Linha de Apoio à Vítima, relata um caso de uma mãe que, para evitar cruzar-se com o filho dentro de casa, até tinha um fogão de campismo na varanda do quarto.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima acompanhou em 2019 mais de 11 mil vítimas de crime, oriundas de 273 concelhos do país, dos 308 existentes, segundo o relatório anual hoje divulgado.
Relatório anual da APAV aponta a existência de 699 crianças vítimas de pornografia infantil, 305 vítimas de abuso de menores e 187 vítimas de violação de menores.
A Linha Internet Segura é um serviço de atendimento gratuito e confidencial criado com o objetivo de apoiar vítimas de cibercrime e permitir a denúncia de conteúdos ilegais online.
O material de abuso sexual de menores representou 99% das denúncias validadas pela Linha Alerta do Centro Internet Segura.
