O golpismo de secretaria
Quem rasga as vestes pelo perigo que o Chega possa representar para o regime não pode colocar-se na mesma posição e tentar, do outro lado, subverter o amado regime para travar o Chega.
Quem rasga as vestes pelo perigo que o Chega possa representar para o regime não pode colocar-se na mesma posição e tentar, do outro lado, subverter o amado regime para travar o Chega.
Na terça-feira, o Chega entregou no parlamento uma moção de censura ao XXIV Governo Constitucional por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "suspeitas gravíssimas de incompatibilidade" no exercício de funções públicas.
"Vamos assistindo a casos sucessivos no Chega e aquilo que nos diz é que pior seria se este partido tivesse responsabilidades governativas", sustentou o secretário-geral do PS.
Moção de censura ao Governo do Chega, que será votada na próxima semana, tem reações diferentes à direita. Os liberais vão votar a favor. O PSD vai abster-se.
"Se o Chega for a terceira força política no dia 30 de janeiro, se conseguirmos formar uma maioria de direita", será essa a primeira tarefa, indicou André Ventura.