Vemo-nos em tribunal
O recurso a processos judiciais para punir a crítica revela um abismo de cultura democrática, acobertada pela lei.
O recurso a processos judiciais para punir a crítica revela um abismo de cultura democrática, acobertada pela lei.
Esta manhã, após votar em Braga, Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, evitou comentar uma eventual coligação pós-eleitoral com a Aliança Democrática (AD).
Na manhã desta segunda-feira, na Feira de Espinho, o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, irritou-se com uma pergunta sobre a empresa familiar, Spinumviva. Luís Montenegro sublinhou estar "tranquilo" quanto ao assunto. Veja o momento.
"Que cada português se mantenha em paz, confie na força do voto secreto, a grande arma democrática dos homens ordeiros e livres, e jamais consita que a sua consciência seja violada."
Os dois analistas concordam que Rui Rocha chegou ao debate com uma postura positiva assumindo-se quase como um impulsionador da Aliança Democrática (AD).
Esta política feita de ameaças e punições isolou os EUA dos seus amigos e reforçou a vontade dos seus inimigos. Vai haver quem ceda e vá à Casa Branca como, numa insultuosa imagem de Putin, um cãozinho com o rabo a abanar. Os outros têm de ser postos na ordem com ameaças económicas e militares.
Em entrevista ao NOW, na noite desta terça-feira, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, insistiu que Luís Montenegro deveria ter-se demitido após as polémicas em que se viu envolvido graças à empresa da sua família, a Spinumviva.
A decisão foi unânime entre os juízes do Palácio Ratton, que consideraram que o termo "Aliança Democrática" seria o "traço identitário mais forte".
O Tribunal Constitucional tinha recusado a primeira proposta "AD - Aliança Democrática - PSD/CDS" para as legislativas.
O anúncio foi feito dois dias depois de o Tribunal Constitucional ter recusado a denominação "AD - Aliança Democrática - PSD/CDS" para as legislativas.
Os juízes do Palácio Ratton consideram que há um "real conflito entre denominações" da coligação que se apresentou o ano passado e a que pretende avançar nas legislativas deste ano sem que a "identidade partidária de suporte" seja a mesma, uma vez que o Partido Popular Monárquico (PPM) não integra as listas.
Frente a Frente no NOW, João Ferreira recordou que Mariana Leitão já tinha dito que votaria contra uma moção de confiança e que, no entanto, isso não aconteceu. Já Rodrigo Saraiva defendeu que a Aliança Democrática pretendia ir a eleições.
Note que, após a Aliança Democrática ter anunciado que será Nuno Melo a debater com o Bloco de Esquerda, Livre e PAN, estes partidos decidiram rejeitar a decisão.
Durante o discurso no Conselho Nacional da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha aproveitou para tecer duras críticas à Aliança Democrática (AD), denunciando a integração de autarcas em fim de mandato nos quadros do Estado.
Luís Montenegro disse que vê com "alguma estupefação" estas acusações, uma vez que foi decisão da Aliança Democrática (AD) utilizar os líderes políticos dos dois partidos da coligação na campanha eleitoral.
PSD ofereceu ao PPM apenas o 19.º lugar em Lisboa, sem hipótese de eleição. Como consequência, os monárquicos decidiram romper coligação, confirmou à SÁBADO o secretário-geral do PPM Paulo Estêvão.