A polémica sobre o nome da Aliança Democrática é absurda
Esta política feita de ameaças e punições isolou os EUA dos seus amigos e reforçou a vontade dos seus inimigos. Vai haver quem ceda e vá à Casa Branca como, numa insultuosa imagem de Putin, um cãozinho com o rabo a abanar. Os outros têm de ser postos na ordem com ameaças económicas e militares.
Havia uma interpretação do doublespeakorwelliano com o nome da República Democrática Alemã, que não era nem república, nem democrática, nem alemã. Quando ouço falar da Aliança Democrática, já nas anteriores eleições, tenho um mesmo sentido de um doublespeakqualquer. De facto, a AD dos nossos dias, mesmo com o PPM, nada tem a ver com a que Sá Carneiro criou com o CDS, o PPM e os Reformadores. Deixando de lado os aspectos programáticos, sem dúvida importantes e onde há não só diferenças gritantes, como mesmo contradições, nenhum dos partidos é o mesmo, nem a aliança que os junta. O entendimento da AD como “frente de direita” contraria as múltiplas declarações de Sá Carneiro de que não queria nunca ser cabeça de uma “frente de direita”. O PSD está hoje muito mais à direita, o CDS é uma inexistência a que o PSD deu a possibilidade ultradesejada de sobrevirem como uma espécie de “Verdes” do PSD. Quanto ao actual PPM, só pelo nome tem alguma coisa a ver com o de Gonçalo Ribeiro Teles, e é tão inconveniente que, nem sequer por razões de cosmética, o PSD e o CDS o desejam hoje. E os Reformadores traduziam exactamente essa vontade de Sá Carneiro de não ficar acantonado à direita e ter consigo um grupo que vinha do PS, com uma visão de centro-esquerda sobre a sociedade política. Nada disto existe hoje e bem podem acrescentar à sigla da AD um 2.0, para dar ares de modernidade.
A polémica sobre o nome da Aliança Democrática é absurda
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