Uma farda vazia
É cedo para saber se Gouveia e Melo é habilidoso, ou apenas tanso. O risco é só virmos a descobrir quando estiver em funções.
É cedo para saber se Gouveia e Melo é habilidoso, ou apenas tanso. O risco é só virmos a descobrir quando estiver em funções.
As ligações aos socialistas que estiveram com Sócrates e os apoios de dirigentes do PSD juntam-se às auscultações que tem feito em vários setores da sociedade civil. O almirante está pronto, mas a ganhar tempo com a crise política: “Nem sequer houve ainda uma reunião com toda a gente.”
Cultivava a imagem de um político reservado e os amigos enalteciam-lhe a coragem e a obstinação. Nos bastidores, era bem-disposto, gostava de velocidade, de golfe e de grandes vinhos. E era um apreciador dos melhores hotéis e restaurantes, de charutos, música clássica e pintura. Rompeu com tudo por causa de um grande amor, Snu. Se fosse vivo, o antigo primeiro-ministro faria 90 anos a 19 de julho.
Os eleitos do povo apelidam-se de bêbados, nojentos, palermas, palhaços, vigaristas e muito mais. Há muito que a liberdade de expressão faz soltar a língua no hemiciclo.
A prisão de Sócrates, a condenação de Vara, Isaltino Morais, Duarte Lima e Oliveira Costa, as investigações a Ricardo Salgado e à sua matilha, tudo isso criou um quadro de potencial mudança. Alguns acreditaram, mas a ilusão permanece: a tenaz continua.
"Quando estamos aflitos importamos a energia do carvão espanhola", critica o antigo ministro do PSD.
Jorge Moreira da Silva nasceu politicamente no passismo, foi o único líder da JSD que se demitiu, é próximo de Salvador Malheiro e deixa um cargo de direção na OCDE para se lançar contra Luís Montenegro na corrida à liderança do PSD.
E cravos vermelhos para terminar. O termo “Bloco Central” ainda marca, mas tinha dois ingredientes particulares: uma emergência e uma amizade. Lá dentro, no governo, correu tudo bem. Cá fora, nos partidos, é outra história.
A homenagem ao Governo de Balsemão juntou nos jardins de São Bento figuras sociais-democratas e de antigos governos do PSD como Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel, Jorge Moreira da Silva, Carlos Carreiras, Mira Amaral, Ângelo Correia e João de Deus Pinheiro.
No domingo, o ex-Presidente da República Cavaco Silva considerou "um erro grave" a reforma das Forças Armadas que o ministro da Defesa pretende fazer, afirmando que é "um equívoco a tempo de ser corrigido", e que "seria chocante ver deputados social-democratas seguirem esse caminho".
Cavaco Silva argumenta que é uma reforma "que não é exigida pelas prioridades do presente nem pelos desafios do futuro".
As propostas de lei para alterar a Lei Orgânica de Bases das Forças Armadas e a Lei de Defesa Nacional foram aprovadas em Conselho de Ministros no dia 8 de abril.
Ministro da Defesa Nacional recusa um "ministro coordenador" de Forças Armadas, forças de segurança e Proteção Civil, como defendeu o PSD, e prevê entregar ainda este mês no parlamento a reforma do Governo para o setor.
O Governo pretende reforçar a autoridade do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), colocando os chefes dos ramos militares sob sua dependência hierárquica e atribuindo-lhe a coordenação dos Estados-Maiores.
Joe Biden é o 46.º presidente norte-americano. Com 74,5 milhões de votos, mais coisa menos coisa. Trump teve 71 milhões e foi jogar golfe no dia em que soube de vez que já era. Segue o mundo, mais limpo, apesar da Covid. À partida é assim.
O comunista vai assumir o lugar de deputado pela 13.ª vez em 44 anos, ficando como o último "resistente" da Constituinte.