António José Seguro toca à campainha exactamente à hora marcada e apanha -me na cozinha ainda a escavar os pães para a açorda de tomate. São 20h de quarta-feira, dia 13 de Agosto. O líder do PS evita o elevador, sobe dois lanços pelas escadas e entra no nosso pequeno apartamento, no centro de Lisboa, com um ramo de flores para a Carla (a minha mulher, jornalista de outra publicação), dois livros para os miúdos e uma garrafa de vinho tinto Quinta dos Monteirinhos, da produção do seu chefe de gabinete. Agradeço. Trata as crianças pelos nomes, não sei como os descobriu: "Olá Miguel!", diz ao mais velho, de 8 anos. "Olá António!", cumprimenta o mais novo, de 3. "Eu também me chamo António! E sabes, tenho um filho que também se chama António..."

O António veio jantar cá em casa

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