Há menos de um mês, o programa de computador AlphaGo venceu Lee Sedol, um dos melhores jogadores do mundo de Go, com quatro vitórias para uma derrota. Pode não parecer muito, afinal, a vitória do supercomputador DeepBlue à lenda do xadrez Gary Kasparov já vai em 1997 e actualmente existem algoritmos que correm em telemóveis capazes de rivalizar os campeões mundiais de xadrez. Contudo, apesar das suas regras aparentemente simples, o Go é um jogo extraordinariamente complexo, altamente estratégico, com uma variedade de jogadas gigantesca e onde os grandes jogadores muitas vezes ganham pela intuição e não pela lógica. Durante muitos anos julgou-se que era um objectivo distante, e em 2015 os melhores computadores ainda eram no máximo amadores. Todavia, não só o AlphaGo, esta máquina que aprende todos os dias jogando contra si mesma, ganhou, como ganhou com movimentos que os entendidos descrevem como geniais.

<i>I, for one, welcome our new computer overlords</i>, por Tomás Reis

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