O cenário que está em cima da mesa é que o descongelamento das progressões na carreira seja feito em vários anos.
Cerca de 80% dos funcionários públicos terão direito a progressões na carreira ao longo do próximo ano, disse hoje à agência Lusa fonte do Governo.
Segundo a mesma fonte, o cenário que está em cima da mesa é que o descongelamento das progressões na carreira seja feito em vários anos, atribuindo-se uma percentagem igual a todos os trabalhadores sobre o valor a que têm direito.
Ou seja, os trabalhadores em condições para progredir serão colocados na posição remuneratória a que têm direito, mas recebendo apenas uma percentagem do valor que lhes é devido. O restante ser-lhes-á pago nos anos seguintes, não estando ainda definido o horizonte temporal.
Esta é uma das questões que deverá ficar fechada na próxima reunião entre os sindicatos e a equipa do Ministério das Finanças, marcada para quinta-feira.
O impacto orçamental do descongelamento das progressões e promoções deverá ser de 250 milhões de euros em 2018, de acordo com a fonte do Governo. No Programa de Estabilidade está inscrito um valor inferior: 200 milhões anuais.
Entre as carreiras a desbloquear, a dos professores terá o impacto orçamental mais expressivo. De acordo com a mesma fonte, há 49 mil docentes com direito a progredir ao longo de 2018.
Importa que o Governo dê agora um sinal claro, concreto e visível, de que avançará rapidamente com um modelo de assessoria sólido, estável e devidamente dimensionado, para todos os tribunais portugueses, em ambas as jurisdições.
Não devemos negar às pessoas a oportunidade de avaliar a verdade por si mesmas.
Amputar o Tribunal de Contas não é fazer a reforma do Estado. É abdicar dela.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
