Vinte mil professores ficaram fora das escolas
Dos 25.296 docentes que se candidataram a um contrato na rede pública, apenas 2.833 foram colocados
O cenário é desolador para a classe docente: dos 25.296 professores portugueses que se candidataram a um contrato nas escolas da rede pública, apenas 2.833 foram colocados - e todos em vagas consideradas como necessidades transitórias das escolas.
Ainda de acordo com os dados revelados esta sexta-feira pelo Ministério da Educação, dos 1.434 candidatos a renovação do contrato, apenas 949 conseguiram manter o vínculo. Por se tratar de ano de concurso interno e externo, todos os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) tiveram de concorrer, o que se reflectiu num número mais elevado de horários pedidos pelas escolas, aumento que o ministério atribui também à diversificação das ofertas educativas.
No total, os directores escolares pediram o preenchimento de 17.850 horários, ficando agora resolvida a situação de 15.718 horários.
Os restantes, segundo o ministério, serão quase todos absorvidos pelos procedimentos concursais que se seguem, nomeadamente a Bolsa de Contratação de Escola (BCE), destinada às escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), havendo ainda duas reservas de recrutamento para situações que surgem no início do ano lectivo, resultantes da substituição de docentes por doença ou maternidade.
Do total de 13.130 docentes de carreira que entraram no concurso da mobilidade interna, foram colocados 11.936. As listas definitivas relativas aos concursos da mobilidade interna e da contratação inicial de professores, destinada a colmatar necessidades temporárias nas escolas, são disponibilizadas hoje na página de Internet da Direcção Geral da Administração Escolar.
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