"Vamos deixar de cumprir os serviços mínimos", diz sindicato
Porta-voz do SNMMP, Pardal Henriques, acusa o Governo e a ANTRAM de desrespeitarem o direito à greve e diz que trabalhadores "estão a ser subornados".
O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pardal Henriques, anunciou que os camionistas "não vão fazer os serviços que estavam escalados".
"Vamos deixar de cumprir os serviços mínimos", disse aos jornalistas o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, em Aveiras, concelho da Azambuja, distrito de Lisboa.
Pardal Henriques acusou o Governo e empresas de desrespeitarem o direito à greve e, quando questionado sobre a possibilidade de uma requisição civil, advogado diz que na prática isso já está a ocorrer.
"Os trabalhadores estão a ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que violaram o direito à greve.
Ao Observador, o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, havia garantido que os serviços mínimos estavam a ser cumpridos, "com uma exceção ou outra", mas que "muito brevemente" a possibilidade de ter de se fazer requisição civil pode ter de se levantar, caso os trabalhadores escalados para os serviços mínimos não cumpram.
Mais de 400 postos sem qualquer combustível
A greve dos motoristas perigosos iniciou-se há nove horas e já afetou quase 30% de todos os postos de combustível. De acordo com os dados da página Já Não Dá Para Abastecer, às 9h00 desta segunda-feira eram já 435 as bombas sem qualquer tipo de combustível – 15% do total - e 395 os postos em que faltava algum tipo de combustível (13%). 2.098 postos têm ainda gasolina e gasóleo.
Segundo a mesma página, o gasóleo é o combustível que mais falta nos postos de combustível, com 733 de 2,190 a estarem sem ele. Existem ainda 540 bombas sem gasolina e 61 sem GPL entre os mais de 2.928 postos em todo o país.
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