Transmontanos já não pagam o gás natural mais caro do país
"Hoje não existe diferença nenhuma, quer para as casas quer para as indústrias", assgurou o director executivo da Dourogás, Nuno Moreira.
O director executivo de um dos grupos concessionários de redes de gás natural afirmou esta sexta-feira que os transmontanos já não pagam os preços mais caros do país, apesar de subsistir esse "mito".
Nuno Moreira é director executivo da Dourogás, um dos grupos concessionários das infraestruturas e distribuição na região de Trás-os-Montes, e garantiu hoje, em Vila Flor, à margem da inauguração da rede local de gás natural, que apesar de existir esse mito actualmente "o preço é rigorosamente igual no país todo".
Em 2007, segundo dados oficiais divulgados pela Lusa naquela época, os consumidores de Trás-os-Montes pagavam o gás natural 43 por cento acima da média nacional e o preço do metro cúbico mais caro no escalão de aquecimento central, numa região de Invernos rigorosos com temperaturas negativas.
De acordo com Nuno Moreira, desde precisamente essa data, quando houve a separação de actividades, que, "tal como a electricidade, o gás natural tem o mesmo preço no país todo".
Com a separação das actividades, como explicou, passou a haver empresas que constroem e operam as infraestruturas e outras empresas que vendem o gás aos clientes, as comercializadoras.
"Antes, as empresas construtoras das infraestruturas também vendiam o gás ao cliente e tinham de cobrir esses custos. Nessa altura, um metro de rede tinha menos clientes, obviamente esse investimento teria de ser um pouco mais caro dividido pelo número de clientes", concretizou.
A partir de 2007, continuou, "há a separação de actividades e o custo de utilização da rede e o custo de venda ao cliente final passou a ser igual em todo o país".
"Hoje não existe diferença nenhuma, quer para as casas quer para as indústrias", vincou.
O preço, como disse, "só depende apenas da quantidade consumida", com o gás mais caro nos escalões de clientes que gastam menos e mais barato nos maiores consumos, mas transversal ao todo nacional.
Do grupo Dourogás faz parte a Sonorgás que está a investir 58 milhões de euros na instalação de redes de gás natural em 18 sedes de concelho de Trás-os-Montes até ao final de 2019.
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