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Tancos: Ex-chefe de gabinete do ministro já foi ouvido como testemunha

24 de outubro de 2018 às 17:19

Interrogatório no âmbito da investigação ao aparecimento das armas furtadas do paiol de Tancos decorreu nas instalações da Polícia Judiciária.

O antigo chefe de gabinete do ex-ministro da DefesaAzeredo Lopesjá foi ouvido como testemunha pelo Ministério Público, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o aparecimento das armas furtadas do paiol deTancos.

A diligência do tenente-general Martins Pereira tinha previsto começar pelas 10h00 no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e terminou pelas 15h45.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, "a diligência consistiu na inquirição de uma testemunha", adiantando que o processo "tem nove arguidos", entre os quais o ex-director da Polícia Judiciária Militar (PJM), tenente Luís Vieira e o antigo porta-voz da PJM, majorVasco Brazão.

Pelas 11h00 da manhã, uma funcionária do DCIAP informou os jornalistas que o interrogatório de Martins Pereira, "por uma questão de logística, estava a decorrer na Polícia Judiciária", cujas instalações ficam em frente ao DCIAP.

Martins Pereira foi chefe de gabinete do ex-ministro da Defesa Nacional entre 7 de Dezembro de 2015 e 11 de Janeiro de 2018 e é, desde 15 de Janeiro, adjunto do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para o Planeamento e Coordenação.

A Polícia Judiciária deteve em 25 de Setembro o director e outros três responsáveis da PJM e um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Para o Ministério Público, existem "factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

O furto de material militar do paiol de Tancos - instalação entretanto desactivada - foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

As armas acabaram por aparecer na Chamusca em 17 Outubro de 2017 e foram recuperadas pela PJM, estando agora os contornos dessa operação em investigação no DCIAP.

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