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PróToiro acusa PAN de "acções provocatórias" de protesto contra touradas

17 de agosto de 2018 às 21:20

Esta sexta-feira, dirigentes do PAN questionaram o MAI sobre a eventual dualidade de critérios da GNR perante a violência entre aficionados da "festa brava" e activistas pelos direitos dos animais, numa tourada, em Albufeira.

A PróToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia acusou esta sexta-feira o PAN de promover "acções provocatórias" de protesto contra as touradas e um elemento daquele partido político de invasão à praça de toiros de Albufeira, na semana passada.

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Touradas_velcro
Foto: DR
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Foto: DANIEL VELEZ/Getty images
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"O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) promove acções provocatórias e de alteração à ordem pública. Hélder Silva, um dos três invasores da Praça de Toiros de Albufeira, foi candidato pelo PAN à Câmara Municipal da Moita nas autárquicas do ano passado", refere a PróToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia.

Em comunicado, esta entidade "reprova e considera inaceitável que um partido com assento parlamentar incentive acções provocatórias, com o objectivo de desencadear uma reacção e apresentar-se como bastião da moral e dos bons costumes".

"O direito à manifestação não pode ser confundido com iniciativas orquestradas de acções criminosas de distúrbios públicos, que põem em causa a segurança e direitos dos cidadãos", acrescenta.

Repudiando e condenando "situações como as que se verificaram em Albufeira", que originaram violência entre aficionados da "festa brava" e activistas pelos direitos dos animais, a PróToiro afirma a sua preocupação "com o aumento do número de acções de destabilização da ordem pública, levada a cabo por movimentos anti-taurinos e animalistas".

Por isso, a PróToiro "exige alterações à legislação que efectivamente desencorajem a estas acções", recordando que, "perante o histórico de distúrbios públicos provocados por estes movimentos nacionais e internacionais", vai pedir ao Ministério da Administração Interna uma reunião "de forma a alertar para estes problemas e salvaguardar a segurança pública e os direitos de todos os cidadãos, sejam eles pró ou anti taurinos".

"Nos últimos anos, são conhecidos os casos de vandalismo do património tauromáquico (praças e materiais publicitários), confrontos com aficionados (Viana do Castelo, 2012), confrontos entre manifestantes e PSP (Viana do Castelo, 2013) e Praia de Mira (2014), invasões de arenas no Campo Pequeno (2016 e 2017) e agora Albufeira, com as consequências lamentáveis que se conhecem", sublinha a federação.

Hoje, dirigentes do PAN questionaram o Ministério da Administração Interna sobre a eventual dualidade de critérios da GNR perante a violência entre aficionados da "festa brava" e activistas pelos direitos dos animais, numa tourada, em Albufeira, na passada semana.

"Perante a violência extrema de alguns espectadores tauromáquicos a manifestantes já imobilizados pela GNR, as autoridades demonstraram sinais de passividade e dualidade de critérios não detendo no local estes agressores", afirma Francisco Guerreiro, porta voz do PAN, em comunicado.

Segundo foi noticiado, três manifestantes anti-tourada invadiram a arena em protesto contra a realização do evento no dia 9 de Agosto e foram detidos, sendo posteriormente agredidos por outras pessoas que assistiam ou participavam na tourada, prolongando-se os desacatos já no exterior do recinto.

Ainda segundo várias notícias, a GNR abriu "um processo de averiguações" e o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Faro estará também a investigar o sucedido.

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