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Paulo Pedroso na "estrutura organizativa" da candidatura de Ana Gomes

24 de setembro de 2020 às 15:43

Candidata à Presidência da República indicou que tem "o maior orgulho" em Pedroso e lembrou que o ex-ministro de António Guterres "não foi pronunciado (nem julgado)" no processo Casa Pia.

O ex-ministro do Trabalho Paulo Pedroso vai integrar a "estrutura organizativa" da candidatura de Ana Gomes a Presidente da República, confirmou hoje a própria numa declaração à agência Lusa.

"Tenho o maior orgulho em poder contar com a colaboração de Paulo Pedroso, um socialista de sempre, um sociólogo e docente universitário distinto, um militante da esquerda democrática, que exerceu, com competência e seriedade, os mais variados cargos ao serviço da República. E também um amigo em quem tenho total confiança", afirmou ex-eurodeputada do PS.

Na declaração escrita, Ana Gomes não foge ao tema da acusação do ex-ministro de António Guterres no processo Casa Pia, para lembrar que não foi pronunciado nem julgado e até recebeu uma indemnização de um tribunal europeu.

"Bem sei que Paulo Pedroso foi acusado no chamado "processo da Casa Pia", mas não foi pronunciado (nem julgado) por decisão proferida em 1.ª instância e confirmada pelos tribunais superiores. Por ter sido acusado e preso por razões manifestamente insubsistentes, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado Português a indemnizá-lo pelos danos que sofreu", recordou a antiga diplomata e ex-deputada ao Parlamento Europeu.

Na conclusão, Ana Gomes promete lutar sempre contra as injustiças.

"Nunca pactuei com a impunidade, mas estarei sempre ao lado dos injustiçados. Sei que posso contar com Paulo Pedroso nesse combate pela defesa do Estado de Direito", conclui.

Paulo Pedroso foi ministro do Trabalho e da Solidariedade do XIV Governo Constitucional, liderado por António Guterres.

Foi acusado no processo Casa Pia por abuso sexual de menores, motivo pelo qual foi constituído arguido. Durante a fase de inquérito, foi detido em plena Assembleia da República e suspendeu o cargo de deputado.

Em 2006, na fase instrutória do processo, o Tribunal de Instrução Criminal considerou que não havia fundamento para ser levado a julgamento.

Ganhou depois um processo no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que condenou o Estado português a indemnizar Paulo Pedroso no valor de 68.555 euros.

Antes das últimas legislativas, em janeiro de 2020, Paulo Pedroso anunciou ter deixado de ser militante do PS.

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