Secções
Entrar

Negrão espera "afirmação de uma alternativa" longe do bloco central

16 de fevereiro de 2018 às 19:59

O candidato à liderança da bancada do PSD rejeitou entrar em polémica com Hugo Soares e defendeu que o Congresso deve ser "afirmação de uma alternativa" ao Governo.


O candidato à liderança da bancada do PSD Fernando Negrão rejeitou esta sexta-feira entrar em polémica com Hugo Soares e defendeu que o Congresso social-democrata será de "afirmação de uma alternativa" ao Governo, afastando-se de uma ideia de bloco central.

1 de 4

"O que espero deste Congresso é a afirmação de uma alternativa a quem nos governa actualmente, porque os portugueses e a democracia precisam de uma alternativa, isso é fundamental para o regular funcionamento do Estado de Direito e para que o país seja mais bem governado", defendeu Fernando Negrão.

À chegada ao Centro de Congressos de Lisboa para o 37.º Congresso do PSD, Fernando Negrão foi questionado sobre o seu papel enquanto líder parlamentar num eventual bloco central e afastou esse cenário: "Estamos tão longe disso, porque no parlamento o que nós vamos fazer é precisamente avançar para a construção dessa alternativa a quem nos governa actualmente".

Negrão disse ter "a certeza" de que a posição do novo líder, Rui Rio, será de "afirmação do PSD como uma verdadeira alternativa". "Há muitos portugueses a olhar para o PSD e à espera de que isso aconteça e vai acontecer, com certeza", declarou.

O candidato à liderança da bancada recusou falar das críticas que Hugo Soares lhe dirigiu sobre os contactos que manteve com Rui Rio: "Com certeza que o dr. Hugo Soares também teve os seus contactos, cada um tem os seus, não vale a pena entrarmos por esse caminho da crítica dos contactos de cada um".

Questionado sobre se confia numa votação expressiva na sua candidatura à presidência do grupo parlamentar do PSD, Negrão disse acreditar que terá uma votação que lhe permitirá vir a ser o futuro líder da bancada do PSD.

Relativamente a um sinal de voto contra o próximo Orçamento do Estado a dar por Rui Rio neste Congresso, Negrão remeteu a questão para o novo líder.

"Ouviremos o dr. Rui Rio e ele com certeza falará sobre isso e se ele não falar, tenho a certeza de que os senhores jornalistas lhe farão essa pergunta", afirmou.

Em declarações à Lusa, David Justino, um dos responsáveis pela moção de estratégia de Rui Rio, recusou a ideia de que a nova liderança vá, no congresso, responder a "um caderno de encargos" dos seus adversários.

"Isto [o congresso] não é um concurso público, não há caderno de encargos", disse à agência Lusa o ex-ministro da Educação, à entrada para o 37.º Congresso Nacional do PSD, em Lisboa, questionado sobre as afirmações de dirigentes sociais-democratas quanto a clarificações quanto ao rumo do partido.

Para David Justino, "as opções estão feitas, a estratégia está muito explícita na moção sobre as eleições e ao que se avizinha". A moção de estratégia "continua a ser a base de tudo", acrescentou.

E a preocupação da nova liderança deve também ser a da "construção da unidade do partido", a começar pela liderança da bancada parlamentar.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela