NAV admite "erro humano" na torre do Aeroporto Francisco Sá Carneiro
Para evitar a existência de mais casos a responsável optou pela "separação funcional da posição de gestão de chão, com responsabilidade na gestão dos movimentos nas placas de estacionamento e caminhos de circulação das aeronaves, da posição de gestão de ar e pista".
O relatório preliminar da NAV "confirma a existência de um erro humano", no caso em que um piloto foi autorizado a aterrar enquanto um avião se preparava para descolar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, colocando em perigo a vida de centenas de pessoas.
No dia26 de junho um avião preparava-se para descolar, com a autorização da torre de controlo, enquanto outro estava prestes a aterrar, também após ser sido autorizado. O problema foi que os dois se encontravam numa só pista do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Foi o piloto que tentava aterrar no Porto que acabou por avisar a torre e fazer uma manobra de inversão de marcha, para conseguir voltar a subir. A NAV Portugal, responsável pela prestação de serviços de tráfego aéreo, abriu uma investigação logo após o incidente.
Ficou confirmada a "normal aplicação das normas no que respeita ao número de controladores de tráfego aéreo escalados e a abertura de posições de trabalho, bem como o cumprimento dos tempos de serviço legais".
"No momento da ocorrência encontravam-se na sala de operações três controladores de tráfego aéreo em posições executivas e um supervisor operacional, bem como outros dois operacionais em escala que, no momento da ocorrência, se encontravam no seu intervalo obrigatório de descanso", começa por referir o comunicado de imprensa.
É então confirmada "a existência de um erro humano" que neste momento requer "toda a atenção na análise deste incidente" para que seja possível a "melhoria contínua da segurança operacional" através da identificação da "causalidade" do incidente.
A NAV já tomou medidas para mitigar o risco através da "separação funcional da posição de gestão de chão, com responsabilidade na gestão dos movimentos nas placas de estacionamento e caminhos de circulação das aeronaves, da posição de gestão de ar e pista" para que, "em momentos de tráfego elevado e complexo, o controlador de tráfego aéreo responsável por aeronaves no ar e na pista tenha a sua atenção unicamente focada nesta área de responsabilidade".
Este é o segundo caso do género no aeroporto do Porto em dois anos. O primeiro, data de 27 de abril de 2021, quando um avião se preparava para deslocar enquanto um veículo de manutenção ocupava a pista. A NAV Portugal também avaliou o caso e garantiu que "um conjunto de medidas internas" foram tomadas para "mitigar ao máximo o risco de repetição dos erros que causaram".
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