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Mulher que teve parto na rua e recém-nascida estão bem e deverão ter alta hoje

Lusa 13 de agosto de 2025 às 12:35

A grávida estava a tomar o pequeno-almoço numa pastelaria quando começou com dores e lhe rebentaram as águas.

A mulher que teve o e a recém-nascida estão bem e deverão ter alta esta quarta-feira, disse à Lusa a Unidade Local de Saúde da Lezíria.
Waltraud Grubitzsch/picture-alliance/dpa/AP Images
Tudo aconteceu na segunda-feira de manhã perto da Junta de Freguesia do Carregado, no concelho de Alenquer, numa zona residencial e de comércio. Aparentemente, a grávida estava a tomar o pequeno-almoço numa pastelaria quando começou com dores e lhe rebentaram as águas, contou à Lusa uma moradora. Ana, moradora na rua onde ocorreu o parto, contou que passava pouco das 10h quando começou a ouvir gritos de uma mulher a dizer "Não quero, não quero". Disse que foi à janela ver o que se passava e viu uma mulher de costas, com o que lhe pareceu ser sangue no vestido, junto de um casal, que eram os pais e que acabaram por fazer o parto. O pai da mulher estava a ampará-la, enquanto a mãe estava ao telefone. A mulher, em trabalho de parto, deitou-se junto a um pequeno muro e cerca das 10h30 nascia uma menina, contou a mesma moradora. A mãe e a recém-nascida foram transportadas para o Hospital de Santarém, que faz parte da Unidade Local de Saúde da Lezíria, onde se encontram e deverão ter alta hoje, disse a instituição numa resposta escrita à Lusa. O caso levou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a solicitar na terça-feira à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abertura de um processo de inquérito ao caso. "O procedimento foi já determinado pelo Inspetor-Geral das Atividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida", referiu o Ministério da Saúde em comunicado. Contactado pela agência Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que a Central 112 encaminhou a chamada de socorro, tendo a mesma sido atendida pelo CODU às 10h29, que ativou para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, às 10h33, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras, às 10:37, dado que a de Vila Franca de Xira estava empenhada noutra ocorrência. Segundo o INEM, a mãe e a bebé foram transportadas para o Hospital de Santarém, com acompanhamento do médico da VMER. O comandante dos bombeiros de Alenquer, Daniel Ribeiro, disse, por seu turno, à Lusa que, quando chegaram ao local o bebé já tinha nascido, assegurando que "nunca esteve em causa a assistência" e que a mãe e o recém-nascido foram avaliados e "estavam bem". Entretanto, uma averiguação preliminar dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) revelou que existiu "um erro humano na aplicação do algoritmo de triagem e no encaminhamento, levando a que a chamada não tivesse sido transferida para o INEM", disse a entidade em comunicado.
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