Motoristas: Setor da distribuição sem indicação de perturbações relevantes
Gonçalo Lobo Xavier diz que "o fornecimento de produtos e bens essenciais foi até ao momento assegurado com a colaboração de todas as autoridades e entidades envolvidas" no processo.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) "não tem indicação, até ao momento, de perturbações relevantes" no funcionamento do setor, na sequência da greve dos motoristas, disse esta segunda-feira àLusao diretor-geral da entidade.
De acordo com Gonçalo Lobo Xavier, "o fornecimento de produtos e bens essenciais foi até ao momento assegurado com a colaboração de todas as autoridades e entidades envolvidas neste processo e a estratégia desenvolvida pelos associados tem sido eficaz, em combinação com os serviços mínimos destacados para o setor".
A APED conta com 160 associados, entre os quais Auchan, Lidl, Pingo Doce ou Fnac, representando a quase totalidade do setor da distribuição.
O Governo decretou hoje a requisição civil dos motoristas em greve, alegando incumprimento dos serviços mínimos, anunciou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, após reunião do executivo por via eletrónica.
De acordo com Tiago Antunes, o Governo constatou hoje, particularmente no turno da tarde, que os sindicatos que convocaram a greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas "não asseguraram os serviços mínimos" fixados pelo executivo.
O Governo tinha decretado serviços mínimos entre 50% e 100% e declarado crise energética, que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.
Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
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