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Marcelo: "Guterres é a figura mais brilhante da minha geração"

22 de maio de 2016 às 17:38

Antigo primeiro-ministro recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra. Marcelo elogiou aquele que acredita ser o "o primeiro-ministro mais amado de Portugal"

O ex-alto-comissário para os Refugiados e candidato a secretário-geral da ONU recebeu, este domingo, em Coimbra o título de doutor honoris causa e foi muito elogiado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

 

O antigo primeiro-ministro fugiu à tradição da cerimónia, em que normalmente o doutorando se cinge a uma breve alocução, pedindo e agradecendo o título de doutor honoris causa, para recordar a "imensa saudade" que tem da universidade, onde esperava fazer carreira, mas que o 25 de Abril o fez seguir "uma outra vocação".

Guterres, que sonhava "ser investigador de Física" - área que se mantém como "a maior paixão" da sua vida intelectual -, revelou que encontra no grau que agora recebe uma contribuição para se "redimir" da decisão "mais difícil" da sua vida, que foi "deixar a universidade" e "fechar a sete chaves" a preparação do seu doutoramento.

 

A cerimónia contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, que incorporou o cortejo enquanto professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Os também docentes da FEUC José Reis e José Manuel Pureza proferiram os discursos de elogio do candidato ao título e da sua apresentante, a fundadora do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, respectivamente.

 

Após a cerimónia, Marcelo não poupou elogios ao homenageado. "Já disse várias vezes que o engenheiro António Guterres é a figura mais brilhante da minha geração" e "considero que ele foi, porventura, o primeiro-ministro mais amado de Portugal", afirmou, recordando que Guterres "nunca teve praticamente nenhuma oposição em Portugal", sustentou Marcelo Rebelo de Sousa.

 

"Somos contemporâneos - fizemos uma boa parte do percurso juntos - e é uma grande alegria assistir àquilo que, como ele disse, e muito bem, é a máxima distinção que se pode imaginar no quadro de uma instituição histórica portuguesa, sublinhou ainda o Presidente da República. Para Marcelo, este domingo foi "um dia grande para a Universidade de Coimbra", mas também "um dia grande para Portugal".

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