Marcelo apela à ordem e lembra que sociedade portuguesa "é pacífica"
Morte de um cidadão, alvejado pela PSP trouxe desacatos e violência ao Bairro do Zambujal e outras áreas da Grande Lisboa. Presidente da República apela ao cumprimento "dos princípios do Estado de Direito Democrático".
O Presidente da República apelou à "ordem pública", perante os desacatos que se têm vivido no bairro do Zambujal, na Amadora, depois de um morador ter sido morto pela PSP, na madrugada de segunda-feira. Numanota no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou "três pontos" que considera "essenciais".
"A segurança e a ordem pública são valores democráticos cuja preservação importa garantir, em particular através do papel das forças de segurança", foi o primeiro ponto salientado pelo chefe de Estado. Uma garantia que tem de respeitar "os princípios do Estado de Direito Democrático, designadamente os Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos, bem como fazer cumprir os respetivos Deveres", lembra.
Por fim, o Presidente da República sublinha que a sociedade portuguesa, "apesar dos problemas sociais, económicos, culturais e as desigualdades que ainda a atravessam, é uma sociedade genericamente pacífica, e assim quer continuar a ser, sem instabilidade e, muito menos, violência".
Odair Moniz foi baleado por um agente da PSP na sequência de uma perseguição ao homem de 43 anos. O agente já foi constituído arguido e encontra-se suspenso do serviço.
Em reação a esta morte, as últimas noites têm sido de violência no bairro do Zambujal, bem como noutras zonas da Grande Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora), referiu à Lusa fonte policial.
Fonte da PSP adiantou à Lusa que três pessoas foram detidas no concelho da Amadora, duas por incêndio e agressões a agentes policiais e outro por incêndio e posse de material combustível.
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