Legislativas e europeias no mesmo dia "é um não cenário"
Presidente recorda que tal decisão exige uma concordância de todos os partidos que "não parece plausível"
O Presidente da República considera que a realização de eleições legislativas e europeias na mesma data "é um não cenário" neste momento, porque exige uma concordância de todos os partidos que "não parece plausível".
"Houve no passado casos muito raros de coincidência, mas isso só seria possível, em tese, com a concordância de todos os partidos, o que não parece plausível", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, reforçando: "Portanto, é um não cenário. Hoje é um não cenário"
No final de uma iniciativa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, depois de questionado se entende que deveria haver eleições legislativas e europeias na mesma data, o Presidente da República não respondeu directamente à questão, que disse ser "prematura", tendo em conta a distância desses dois actos eleitorais, previstos para 2019: "Teremos ainda autárquicas, e depois se verá". "Ninguém sabe quando serão as europeias, se serão em Junho como é tradicional, ou se serão ligeiramente antecipadas por causa da conclusão das negociações do 'Brexit'", referiu.
Em seguida, o Presidente salientou que a realização de eleições conjuntas implicaria o acordo de todos os partidos, e concluiu que neste momento isso "é um não cenário".
Segundo o Público, a possibilidade dos dois actos eleitorais foi afastada por todos os partidos com assento parlamentar, com excepção do PSD, nas audiências com Marcelo de segunda e terça-feira.
Mais tarde, à chegada para uma iniciativa na Associação 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a ser questionado sobre este tema, e confirmou que foi falado nas suas reuniões com os partidos com assento parlamentar, na segunda e na terça-feira. "Não foi propriamente uma proposta", declarou aos jornalistas, adiantando que, "em teoria, a ideia era reduzir custos de campanha, reduzir tempo de campanha".
Segundo o Presidente da República, "falou-se das eleições europeias, se seriam ou não antecipadas" e "falou-se que houve já uma ou duas vezes em Portugal" actos eleitorais na mesma data. "Como a questão está fora de causa, não vale a pena pensar", reiterou.
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