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Joacine Katar Moreira diz que salário mínimo de 900 euros é "ato de amor"

13 de novembro de 2019 às 18:17

Na sua intervenção no primeiro debate quinzenal da legislatura, a deputada Joacine Katar Moreira, do partido Livre, afirmou que "não se pode falar de salário mínimo nacional sem se falar de amor".

A deputada do Livre, Joacine Katar Moreira, levou esta quarta-feira ao debate quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa, a sua proposta de um salário mínimo de 900 euros, considerando que esse montante constitui um "ato de amor".

Na sua intervenção no primeiro debate quinzenal da legislatura, a deputada Joacine Katar Moreira, do partido Livre, afirmou que "não se pode falar de salário mínimo nacional sem se falar de amor", sustentando que "política sem amor é comércio", enquanto o primeiro-ministro considerou que o salário mínimo nada tem a ver com amor", mas com justiça social.

"Não podemos estar a achar que é útil e que é ótimo um ordenado mínimo para os outros, com o qual nós éramos incapazes de sobreviver. E eu sei exatamente o que é que é sobreviver com o ordenado mínimo nacional", afirmou a deputada. Joacine Katar Moreira considerou que um salário que ronda os 600 euros é "um ordenado mínimo de absoluto desamor ", acrescentando que um ordenado mínimo de 750 euros não pode ser "um objetivo último".

Por outro lado, defendeu, um ordenado mínimo de 900 euros é uma "ferramenta de justiça social" e também "um ato de amor ", referindo-se ao valor defendido pelo partido no programa eleitoral que apresentou nas últimas legislativas. O primeiro-ministro, António Costa, discordou: "A atualização do salário nada tem a ver com amor. Tem a ver com uma questão de justiça e uma medida de política económica, não é amor", respondeu.

O chefe do executivo afirmou que o valor de 750 euros "não é um objetivo final", mas sim um objetivo "desta legislatura", acrescentando que "o objetivo do salário mínimo nacional tem que ser prosseguido tendo em vista o que são as condições económicas do país, das empresas", assim como a necessidade de "combater a pobreza no trabalho".

"Mas há uma coisa que tenho a certeza, é que daqui a quatro anos nós não atingimos o objetivo final, daqui a quatro anos estaremos a começar um novo objetivo final", concluiu o primeiro-ministro.

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