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IURD rejeita ligação a canção comparada com tema de Diogo Piçarra

28 de fevereiro de 2018 às 10:52

A instituição sublinhou ainda que não "detém qualquer direito sobre esta música, nem o intérprete ali referenciado tem qualquer relação com a IURD".

A Igreja Universal do Reino de Deus declarou esta quarta-feira que não detém direitos sobre a música que tem sido comparada a "Canção do fim", de Diogo Piçarra, e rejeitou que o intérprete original tenha ligação àquela entidade.

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Foto: D.R.
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Foto: João Pedro Correia
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"Face às recentes notícias que referem que a música composta e interpretada pelo cantor Diogo Piçarra na semifinal do festival da canção é um plágio de uma música da IURD [Igreja Universal do Reino de Deus] e de um pastor desta Igreja, vem a IURD esclarecer que tal não corresponde à verdade", pode ler-se numa nota enviada à Lusa.

A instituição sublinhou ainda que não "detém qualquer direito sobre esta música, nem o intérprete ali referenciado tem qualquer relação com a IURD".

O cantor Diogo Piçarra anunciou, na terça-feira à noite, que abandonava a sua participação no Festival da Canção, após acusações de plágio, que já desmentiu.

A decisão acontece um dia depois de a sua "Canção do fim", apurada para a final do festival, ter sido dada como plágio de um tema religioso da IURD, numa comparação que adquiriu dimensão viral nas redes sociais.

Na segunda-feira, Diogo Piçarra rejeitara qualquer ideia de plágio de "Canção do Fim".

"Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer", afirmou, num comunicado divulgado pela Universal Music.

"Canção do fim" tinha passado à final do Festival da Canção com a pontuação máxima, tanto do júri como do público.

Segundo o músico, a ideia da canção surgira-lhe em 2016, a par de outras que acabaram incluídas no mais recente álbum, "do=s".

"Desconhecia por completo o tema [da Igreja Universal] e continuarei a defender a minha música, por acreditar que foi criada sem segundas intenções", explicou Piçarra, dizendo estar de "consciência tranquila".

"Mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música. E é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói", afirmava, no comunicado de segunda-feira.

A RTP, que organiza o concurso, divulgou entretanto um comunicado em que afirma compreender e respeitar a decisão do compositor e intérprete de "Canção do fim" de se afastar desta edição do festival.

"Independentemente dos argumentos e questões colocadas sobre o tema, a RTP não duvidou em momento nenhum da integridade do artista, cuja carreira já fala por si", escreveu a televisão pública.

Com o afastamento de Diogo Piçarra, passou à final a canção "Mensageira", composta por Aline Frazão e interpretada por Susana Travassos, de acordo com o regulamento, divulgou a RTP.

A final do Festival da Canção realiza-se no domingo, no Pavilhão Multiusos de Guimarães, e será transmitida em directo na RTP1, RTP Internacional e RTP Play.

O vencedor do Festival da Canção irá participar em maio no Festival da Eurovisão da Canção, que este ano se realiza em Lisboa.

Em 2017, Salvador Sobral venceu o Festival da Eurovisão da Canção com o tema "Amar pelos dois", composto por Luísa Sobral.

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