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IGAS abre processo para apurar morte de feto após assistência a grávida em Coimbra

Lusa 19 de novembro de 2025 às 12:22

O caso ocorreu na Maternidade Daniel de Matos para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de esclarecimento sobre a assistência dada a uma grávida em fim de gestação, cujo feto morreu na Maternidade Daniel Matos, em Coimbra, anunciou esta quarta-feira a entidade.
IGAS investiga morte de feto na Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra LUSA / PAULO NOVAIS
Em informação enviada à Lusa esta quarta-feira, a IGAS adianta que o processo de esclarecimento foi instaurado por despacho do Inspetor-geral de 12 de novembro de 2025 na sequência de notícias divulgadas por órgãos de comunicação social, nos dias 4 e 5 de novembro de 2025. Segundo a IGAS, o processo de esclarecimento tem como objetivo "avaliar os factos relacionados com a assistência prestada à grávida em final de gestação, e que o feto acabou por falecer, na Unidade Local de Saúde de Coimbra, E.P.E. (Maternidade Daniel de Matos)". A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) também está a analisar a morte de um bebé no final da gravidez, após a família ter acusado o hospital de negligência e falta de assistência médica. O caso noticiado esta quarta-feira pelo Correio da Manhã ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal. Segundo o jornal, a grávida em final de gravidez foi acompanhada na maternidade Bissaya Barreto, onde teve a última consulta na quinta-feira sem lhe ter sido detetado qualquer tipo de problema. O Correio da Manhã adianta que a família acusa o hospital de negligência e falta de assistência médica e que irá avançar com uma queixa contra a ULS de Coimbra Contactada na altura pela Lusa, a ERS afirmou que "tomou conhecimento da situação através de notícias difundidas nos órgãos de comunicação social, encontrando-se a analisar a situação no âmbito de um procedimento administrativo em curso". Também contactada pela Lusa, a ULS de Coimbra relatou que uma grávida com 37 semanas e três dias, após episódio de hemorragia no domicílio, deu entrada no dia 01 de novembro, às 22:29, na urgência da Maternidade Dr. Daniel de Matos. "Tratava-se de uma grávida seguida na Maternidade Bissaya Barreto (MBB), com vigilância e evolução adequadas", refere a instituição, adiantando que a utente tinha tido uma consulta a 29 de outubro, com avaliação clínica completa, ecografia e cardiotocografia, com todos os parâmetros dentro da normalidade. Segundo a ULS, quando a grávida chegou à urgência foi decidido o seu internamento, bem como a realização de exames complementares de diagnóstico, indicados neste contexto, tendo a cardiotocografia detetado "ausência de vitalidade fetal, imediatamente confirmada através de ecografia". Adianta que foi realizada cesariana, por indicação clínica prévia por patologia ginecológica preexistente, e que os "dados ecográficos e de geneticista confirmaram sinais de morte fetal prévia". "Tal como protocolado nestas situações, foi desencadeado estudo anatomopatológico, do qual se aguardam resultados", acrescenta. A ULS sublinha que "a grávida foi devidamente esclarecida da situação e oferecido apoio psicológico".
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