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Gripe: Próximas semanas deverão ser "mais críticas"

02 de janeiro de 2018 às 20:17

DGS assegura que o País está preparado para a epidemia.

Os casos de gripe estão a aumentar e as próximas semanas deverão ser "mais críticas", alertou a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, assegurando que o País está preparado para a epidemia.

Em declarações àLusa, esta terça-feira, a directora-geral admitiu que possam haver nas próximas semanas "dias críticos", mas acrescentou que os serviços estão preparados.

No dia em que iniciou formalmente funções como directora-geral, cargo que já desempenhava com estatuto interino, Graça Freitas falou à Lusa a propósito do surto de gripe no país afirmando que nos próximos dias há dois factores que podem aumentar o número de casos, o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissor da doença, e a descida das temperaturas.

"O vírus dá-se bem com temperaturas baixas" e é por si só factor de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em Janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.

Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas.

"Portugal tem vindo a convergir para altos níveis de vacinação", acentuou a directora-geral da Saúde, acrescentando que na União Europeia é dos países com mais pessoas vacinadas contra a gripe, a par do Reino Unido, Irlanda e Holanda.

Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.

Segundo a responsável, para ao vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, "já não sendo tão boa para o tipo B".

Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afectadas pela gripe de forma menos grave.

A nova directora-geral da Saúde, que já era subdirectora-geral desde 2005, assumiu interinamente o cargo após a saída de Francisco George em Outubro de 2017. Num despacho publicado em Diário da República na sexta-feira Graça Freitas foi designada pelo ministro da Saúde como directora-geral por um período de cinco anos, renovável por igual período.

Maria da Graça Gregório de Freitas é licenciada em medicina e tem a especialidade em saúde pública. Começou a exercer medicina faz hoje, 2 de Janeiro, precisamente 37 anos, como recordou àLusa.

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