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Greve no IPO do Porto com adesão alta

18 de junho de 2015 às 15:52

O sindicato dos clínicos do norte diz que greve no IPO está a obrigar ao adiamento de cirurgias e de centenas de consultas

A greve de dois dias dos médicos do IPO-Porto, que esta quinta-feira começou, está a ser "bastante participada" e a obrigar ao "adiamento de grandes cirurgias e de centenas de consultas", disse fonte sindical à agência Lusa.

 

"Está a ser uma greve bastante participada, embora ainda seja cedo para termos a visão completa. De qualquer forma, sabemos que várias grandes cirurgias estão a ser e vão ser adiadas, assim como centenas de consultas. Pedimos, desde já, desculpas aos nossos doentes por causa disso, mas estamos a lutar pela segurança deles", afirmou a oncologista Joana Bordalo e Sá, delegada do Sindicato dos Médicos do Norte.

 

Joana Bordalo e Sá salientou que este protesto, que conta com o apoio da Ordem dos Médicos, tem como "um dos objectivos o cumprimento do descanso obrigatório, após o trabalho nocturno, de acordo com a lei e por indicação do Ministério da Saúde, tendo em vista a segurança dos doentes".

 

"Eu não vou entrar na guerra de números, para nós isso não é importante, para nós os doentes não são números, são pessoas que merecem ser tratadas com respeito, com dignidade e com segurança e é por isso que estamos a lutar", acrescentou.

 

A greve decretada pelo Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) visa protestar contra a ilegalidade de os médicos "continuarem impedidos de cumprir o descanso compensatório, após o trabalho nocturno".

 

De acordo com o sindicato, esta situação obriga os clínicos a trabalharem "pelo menos 30 horas seguidas, colocando em risco a saúde e segurança dos doentes oncológicos", mas, em declarações recentes à Lusa, a administração do Instituto de Oncologia do Porto considerou esta paralisação "inoportuna e injustificada".

 

A organização semanal de trabalho, nomeadamente a atribuição da jornada contínua, "inadequadamente" aplicada na instituição e o alegado "clima persecutório e intimidatório" que se vive no IPO do Porto motivaram também esta paralisação.

 

A Lusa tentou obter esclarecimentos sobre a adesão à greve junto da Administração do IPO-Porto, mas sem sucesso até ao momento.

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