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Greve dos enfermeiros com pouco impacto em Lisboa e Amadora

22 de março de 2018 às 11:00

A greve dos enfermeiros fazia-se sentir pouco às 09h00 de hoje em dois centros saúde de Lisboa e da Amadora.

A greve dos enfermeiros fazia-se sentir pouco às 09h00 de hoje em dois centros saúde de Lisboa e da Amadora, com os tratamentos a decorrerem normalmente e os utentes a esperarem pouco tempo para serem atendidos.

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Foto: Manuel Araújo/Lusa
Foto: Tiago Petinga/Lusa

À excepção do gabinete de vacinação internacional, todos os outros gabinetes de enfermagem estavam a funcionar no Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, enquanto esperava para fazer o tratamento a uma ferida que tem na perna, Leonel Marques disse que não sabia da greve marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para hoje e sexta-feira.

"Os enfermeiros devem ter algum motivo para fazer greve e têm esse direito, nós temos de aceitar", disse Leonel Marques, na casa dos 70 anos.

Resignado, disse que se não conseguisse fazer o tratamento voltava na sexta-feira, mas escassos minutos depois foi chamado pelo enfermeiro de serviço para mudar o penso.

Cerca das 08h30, no Agrupamento de Centros de Saúde da Venda Nova, na Amadora, o serviço de enfermagem estava assegurado pelas duas enfermeiras que entraram no turno das 08h00.

Uma enfermeira disse à Lusa que depois das 09h00 podia ficar "mais complicado" porque alguns enfermeiros poderiam não comparecer, o que pode implicar que haja tratamentos e outros serviços de enfermagem que ficam por fazer.

Os enfermeiros iniciaram às 08h00 de hoje uma greve de dois dias pela "valorização e dignificação" destes profissionais e que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo sobre as suas 15 reivindicações.

A greve começou no turno da manhã e termina às 24h00 de sexta-feira e tem como objectivos principais a valorização e dignificação dos enfermeiros, segundo o SEP.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses reivindica o descongelamento das progressões, com a contagem dos pontos justamente devidos a todos os enfermeiros, independentemente do tipo de contrato de trabalho.

A contratação imediata de 500 enfermeiros e de mais 1.000 enfermeiros entre Abril e Maio é outra das reivindicações, assim como "a ocupação integral dos 774 postos de trabalho colocados a concurso" para as Administrações Regionais da Saúde (ARS).

O SEP pretende ainda que seja efectuado "o pagamento do suplemento remuneratório para enfermeiros especialistas em Março, com efeitos a Janeiro/2018" e "o efectivo pagamento do trabalho extra/horas a mais em Março e Abril".

A 13 de Março, o Ministério da Saúde assinou com os sindicatos dos enfermeiros um protocolo negocial para a revisão das carreiras de enfermagem.

Apesar desta assinatura, o SEP decidiu manter a paralisação, pois as negociações com vista à revisão das carreiras é apenas "um dos 15 pontos que levaram à marcação da greve", disse então o dirigente deste sindicato José Carlos Martins.

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