Governo reabre candidatura portuguesa a Agência Europeia do Medicamento
O Porto será incluído, indicou o Ministério da Saúde. Rui Moreira já foi informado pelo ministro, via telefone
O processo de candidatura de Portugal a acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA) vai ser reaberto de forma a incluir também a cidade do Porto, disse hoje fonte oficial do Ministério da Saúde. De acordo com oCorreio da Manhã, o anúncio foi dado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, ao presidente da câmara do Porto Rui Moreira.
De acordo com uma nota do ministério da Saúde, o Governo decidiu reabrir o processo de candidatura, referindo que só o Porto, a par de Lisboa, "parece reunir condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus". "Neste contexto, o Governo tomou a iniciativa de contactar a Câmara Municipal do Porto para que a cidade se associasse, no âmbito da Comissão de Candidatura Nacional, ao processo de avaliação que irá decorrer à luz dos critérios oficiais definitivos", indica o documento.
Esta semana, a decisão do Governo em candidatar apenas Lisboa à sede da Agência Europeia do Medicamento causou acusações de centralismo. Este recuo quer dizer que a decisão de candidatura não está fechada.
A candidatura oficial será apresentada a 31 de Julho. Os requisitos definitivos serão conhecidos a 22 e 23 de Junho.
Bastonário da Ordem dos Médicos lamenta debate público
Miguel Guimarães, que lidera a Ordem dos Médicos, afirmou hoje aos jornalistas que a questão da EMA foi "muito mal tratada pelo Governo". "Este debate público que está a acontecer é mau para Portugal. Acho que Portugal com isto já está a perder pontos e devido à inabilidade que o Governo teve nesta matéria acho que, infelizmente, para todos, vamos perder a Agência Europeia do Medicamento, quando o interessante seria ficar em Portugal, o sítio era irrelevante", defendeu.
"É um péssimo exemplo do que Portugal por vezes faz, não existe planeamento e organização. Este debate que está a ser tido publicamente, devia ser um debate interno entre as várias estruturas. Depois de ter as propostas devidamente fundamentadas, o Governo, com a Assembleia da República, decidia qual o lugar ideal para albergar a agência", criticou Guimarães.
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