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Funcionários da ASAE denunciam falta de viaturas em Évora que impede inspecções

20 de agosto de 2018 às 18:59

A ASF-ASAE lembrou que, "desde Setembro de 2017", que tem vindo a alertar para "os graves constrangimentos operacionais" do organismo a nível nacional, em virtude da escassez de viaturas.

A Associação Sindical dos Funcionários da ASAE denunciou esta segunda-feira que "estão a ser desmarcadas" na região do Alentejo "muitas diligências" inspectivas da Unidade Operacional de Évora deste organismo por falta de veículos operacionais.

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ASAE apreende 100 milhões €
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"Neste momento, a Unidade Operacional de Évora, que conta com sete brigadas, possui apenas dois veículos operacionais, um dos quais com 435 mil quilómetros", alegou a Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF-ASAE).

Num comunicado enviado esta segunda-feiraà agência Lusa, a estrutura argumentou que, nos serviços sediados na cidade alentejana, "sete veículos" automóveis estão "avariados", tendo já três deles "proposta de abate".

"Perante este quadro, muitas diligências previstas estão a ser desmarcadas, estando a ser impossível cumprir com os planos de inspecção (económica e alimentar) delineados para toda a região alentejana ou dar cumprimento às solicitações do Ministério Público e de outras entidades", argumentou a associação.

Nessa altura, continuou a estrutura sindical, "a ASAE viu a sua frota automóvel fortemente reduzida, por não ter sido acautelado o fim de um contrato de Aluguer Operacional de Viaturas (AOV)".

O Governo, frisou, "tem anunciado estar em curso um procedimento concursal de aquisição de 30 veículos", mas este "já dura há um ano e é manifestamente insuficiente", pelo que, entretanto, "a situação tem-se degradado, face ao mau estado geral dos veículos que restam".

No comunicado, a ASF-ASAE assinalou que, "perante o agudizar deste problema" e os "constrangimentos operacionais" detectados em Évora, vai questionar a direcção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e a tutela, o Ministério da Economia.

A associação sindical acrescentou ainda que vai dar "novamente conhecimento" dos problemas "a todos os grupos parlamentares" e convidá-los para "visitarem a Unidade Operacional de Évora e confirmarem no terreno" a situação.

"Não basta que os diferentes intervenientes políticos manifestem a sua preocupação, interpelando o Governo e satisfazendo-se com respostas ludibriosas", afirmou a ASF-ASAE, defendendo que "a segurança alimentar e a salvaguarda dos direitos do consumidor carecem de medidas concretas e não de processos de intenções".

A Lusa contactou a Unidade Operacional de Évora da ASAE, que remeteu eventuais esclarecimentos para a sede do organismo, assim como a Divisão de Informação Pública da Unidade Nacional de Operações, que, até cerca das 18:00 de segunda-feira, não respondeu às questões colocadas.

Em Fevereiro deste ano, numa pergunta subscrita por 20 deputados, o PSD já tinha questionado o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sobre "falhas graves" existentes na Unidade Operacional de Évora da ASAE, precisamente devido à alegada escassez de viaturas.

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