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Fogo em Monchique combatido por mais de 200 homens e nove meios aéreos

03 de agosto de 2018 às 14:57

O incêndio deflagrou cerca das 13:30 na zona da Perna da Negra, tratando-se de um incêndio "complexo", numa zona onde "há muito vento" e cujos acessos "são difíceis".

Desde o início da tarde, quase  400 operacionais, apoiados por nove meios aéreos e 100 veículos, estão a combater um incêndio que esta sexta-feira deflagrou numa zona de mato, em Monchique, no distrito de Faro, disse o comandante operacional da Protecção Civil no Algarve, Vítor Vaz Pinto, à TVI24. O número de operacionais passou de 190 para mais de cerca de 400 em poucas horas. 

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Foto: Ricardo Almeida / Correio da Manhã
Foto: Ricardo Almeida / Correio da Manhã
Foto: Lusa
Foto: Lusa

A TVI24 avança, citando uma fonte da Protecção Civil, que o fogo já obrigou à retirada de habitantes de Taipas, a sul da Perna da Negra, onde deflagrou o fogo ao início da tarde. Segundo outra fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, a população foi  "deslocada de forma preventiva para ficar em segurança" e para "evitar o pânico". 

O adjunto operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) Luís Belo Costa confirmou à Lusa que, por volta das 15h30, o fogo ainda não estava dominado e que este tem duas frentes activas, que estão a ceder à acção dos meios de combate, explicando que o processo "decorre favoravelmente" e que há a expectativa de o incêndio ser dominado "muito em breve".

Também o Observador reporta que o CDOS de Faro fez um pedido de antena SIRESP a Lisboa porque no local não há alegadamente cobertura de rede móvel.

De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, o fogo deflagrou cerca das 13:30 na zona da Perna da Negra, tratando-se de um incêndio "complexo", numa zona onde "há muito vento" e cujos acessos "são difíceis".

O incêndio está a ser combatido por 190 operacionais, apoiados por 54 veículos e nove meios aéreos, mas às 14:30 os meios ainda estavam a ser posicionados no local, pelo que a Protecção Civil não conseguiu adiantar a existência de pessoas ou bens em risco.

"Ainda não temos informação muito detalhada e a prioridade agora é posicionar os meios", adiantou a mesma fonte.

Uma zona rural do concelho de Monchique já tinha sido atingida por um incêndio, na quinta-feira à tarde, dominado cerca de duas horas depois após um combate travado por 113 homens e seis meios aéreos.

Por causa da persistência de valores elevados das temperaturas máximas o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu o aviso vermelho, o mais grave, em 11 distritos de Portugal continental até ao início da tarde de domingo, prevendo para hoje valores acima dos 40 graus em grande parte do território.

Face à onda de calor que afeta o país pelo menos até domingo, com temperaturas máximas acima dos 40º e que na quinta-feira na bateram recordes históricos, a Protecção Civil estendeu o estado de alerta especial relativo aos meios de combate a incêndio aos distritos do Porto, Leiria, Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Coimbra.

Este ano, o dispositivo de combate a fogos florestais engloba 56 meios aéreos (incluindo um na Madeira), cerca de 11 mil operacionais e mais de três mil meios terrestres (nomeadamente viaturas).

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