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Falta de pessoal deixa milhares de cartas por entregar em Loulé e S. Brás de Alportel

13 de setembro de 2019 às 18:13

Atrasos na entrega das cartas estão a tornar a "situação gravíssima", tendo mesmo já existido casos de funcionários "ameaçados" devido ao "desespero" dos utentes.

A falta de pessoal para entregar o correio do Centro de Distribuição de Loulé está a deixar milhares de cartas por entregar, denunciou hoje fonte sindical, dia em que termina uma greve de 48 horas dos funcionários daquele centro.

Naquele centro de distribuição, que serve os concelhos de Loulé e São Brás de Alportel, encontram-se atualmente acumuladas "milhares de cartas" por distribuir, uma vez que os funcionários "não têm capacidade" para entregá-las, denunciou à Lusa Fernando Lima, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações.

"Os trabalhadores não estão em greve para defender direitos e regalias, mas sim porque não conseguem levar para a rua as cartas que têm para distribuir", declarou aquele responsável, criticando a política de contratação dos CTT e classificando a situação como "vergonhosa".

Segundo Fernando Lima, há relatos de residentes em S. Brás de Alportel a quem é cortado o fornecimento de água por não receberem a fatura a tempo de a pagar e, na semana passada, a Zona Industrial de Loulé "esteve a semana inteira sem distribuição de correio".

Os atrasos na entrega das cartas, cuja prazo pode chegar às duas semanas no caso de uma carta enviada para uma morada dentro do mesmo concelho, está a tornar a "situação gravíssima", tendo mesmo já existido casos de funcionários "ameaçados" devido ao "desespero" dos utentes.

O centro de distribuição tem atualmente 33 funcionários, mas dez estão ausentes do serviço por motivos de baixa ou porque estão de férias, sendo necessários, pelo menos, mais seis funcionários para garantir a distribuição de correio nos 30 giros de rua que existem naqueles concelhos.

Os CTT contrataram temporariamente alguns funcionários, apenas por períodos curtos, mas não "existem trabalhadores suficientes" para substituir os que estão ausentes.

Segundo Fernando Lima, a distribuição das cartas está hoje a ser garantida "por diretores da empresa e chefes de outros centros de distribuição", que "nunca souberam o que é correio".

A adesão à greve dos funcionários do Centro de Distribuição de Loulé, iniciada na quinta-feira e que hoje termina, rondou os 90%, concluiu aquele responsável sindical.

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