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Europeias: Cristas recusa aproveitamento político em visita às zonas queimadas de 2017

14 de maio de 2019 às 16:13

No segundo dia oficial de campanha eleitoral para as europeias de 26 de maio, a líder centrista esteve, com o cabeça de lista do partido, o eurodeputado Nuno Melo, na aldeia de Vilela.

Assunção Cristasvoltou hoje à campanha europeia doCDSpara ver "os resultados" das suas visitas a Oliveira do Hospital, Coimbra, afetado pelos incêndios de outubro de 2017, onde a D. Laura já tem a casa pronta.

No segundo dia oficial de campanha eleitoral para as europeias de 26 de maio, a líder centrista esteve, com o cabeça de lista do partido, o eurodeputado Nuno Melo, na aldeia de Vilela, onde continuam a existir muitas casas por reconstruir, como acontece nas aldeias de Vilela, concelho de Oliveira do Hospital, e Valongo, separada por um vale, mas que fica no concelho de Tábua.

Uma exceção, entre outras, é a D. Laura, de 95 anos, sentada à sombra, à porta da casa, onde falou com Cristas e Nuno Melo, ainda hoje recordando, em lágrimas, a "antiga casinha", destruídas pelas chamas há um ano e meio. E manifestamente espantada por ter à sua volta tantas câmaras e microfones de jornalistas.

A líder centrista visitou-a em dezembro último - "estava frio nesse dia" - e as obras estavam atrasadas. As notícias "deram visibilidade" ao problema, as obras aceleraram e a senhora muda-se no sábado para a nova morada.

Esta é uma visita que pode ser encarada como aproveitamento político?, questionou o jornalista. Mas Assunção Cristas diz que não e resume que se trata de "estar perto das pessoas".

"É o compromisso com as pessoas a quem dissemos que não abandonávamos e que voltaríamos todas as vezes que fosse necessário", disse, reclamando que visitas anteriores deram resultados e podem ter ajudado a acelerar obras.

Enquanto passava a comitiva de carros do CDS, que entupiu a estreita estrada entre Vilela e Valongo, em algumas casas ouviam-se trabalhadores a fazer obras, a pintar.

Mas pode ser um engano, segundo Fernando Pereira, do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões, ao explicar que o que o preocupa são as pessoas que, por diversos motivos, alguns deles burocráticos, não conseguiram ver as suas casas reconstruídas, e não entram nas percentagens do Governo.

Cristas justificou a sua deslocação por que só assim se poderá ir além dos números oficiais e "ver a recuperação lentíssima" da recuperação das casas, acrescentou ainda.

"Para lá dos números que o Governo gosta de apregoar, há situações concretas, de pessoas concretas que continuam, um ano e meio depois dos incêndios, sem as suas situações resolvidas", afirmou ainda.

Depois das visitas que fez, como foi o caso da D. Laura, "alguma coisa muda", disse.

"Olhar à volta e ver que os fundos" comunitários não estão a ser bem utilizados foi outra preocupação dos dois dirigentes centristas na visita ao fim da manhã a Oliveira do Hospital.

Os campos estão verdes, mas contimuam a ver-se muitas árvores queimadas, nos vales e nos montes por onde andaram os centristas hoje de manhã no distrito de Coimbra.

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