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Estudo indica não estar assegurada a substituição de gerações na Madeira

08 de junho de 2018 às 13:44

Apesar de a esperança média de vida ter aumentado, a substituição de gerações não está assegurada na Madeira. As conclusões são da Pordata.


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Foto: Getty Images
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O "Retrato da Madeira" da Pordata revela que, apesar de a esperança de vida à nascença ter aumentado 4,7 anos entre 2001 e 2015, em nenhum município madeirense está assegurada a substituição de gerações.

Esta é uma das conclusões do "Retrato da Madeira" elaborado pela Pordata, projecto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, para assinalar o Dia de Portugal que se comemora domingo.

O "Retrato" baseia-se em resumos de indicadores, seleccionados entre os mais de 740 quadros disponíveis na Pordata Municípios, sobre 13 áreas da sociedade: População; Habitação e Condições de vida, Educação; Saúde; Cultura; Empresas, Pessoal e Produto; Emprego e Mercado de Trabalho; Protecção Social; Finanças Autárquicas; Ciência e Sociedade de Informação; Participação Eleitoral; Ambiente, Energia e Território; Turismo.

No que diz respeito à "População", o "Retrato" revela que em 2016 o município mais populoso da Madeira era o Funchal com 44 vezes mais residentes do que os restantes 10 concelhos e que o menos populoso era o Porto Moniz, localizado na parte norte da ilha.

O estudo aponta que, de 2001 a 2016, todos os municípios da Madeira envelheceram e que apenas em três, dos onze municípios, o número de pessoas com 65 ou mais anos era menor do que o número de pessoas com menos de 15 anos, havendo casos (Porto Moniz, Santana e S. Vicente) onde o número de idosos já é mais do que o dobro do número de jovens.

Revela ainda que a esperança de vida à nascença, embora inferior à média nacional, aumentou 4,7 anos entre 2001 e 2015, mas em nenhum município está assegurada a substituição de gerações e que em todos os municípios o número médio de filhos por mulher é inferior à média nacional (2016).

Exceptuando nos municípios de Santa Cruz e de Câmara de Lobos, em 2017, são mais os óbitos que os nascimentos.

Os nascimentos registados em 2017 (1.960) foram menos que uma quarta parte dos verificados em 1960 (8.822).

Relativamente à "Habitação e Condições de Vida", o estudo diz que em 2015, enquanto em Portugal mais de metade dos alojamentos tem máquina de lavar loiça, na Madeira, apenas um em cada quatro alojamentos tem este electrodoméstico, mas, em contrapartida, a esmagadora maioria dos alojamentos da Madeira tem televisão por cabo ou satélite, expressão que é superior à observada em termos nacionais.

Indica também que, desde 2009, o valor médio da avaliação bancária dos alojamentos da Madeira é superior à média nacional e que o Funchal é o único município da Madeira que regista um poder de compra superior à média nacional (2015).

Sobre a "Educação", a análise afere que, em 2017, a maioria da população da Madeira com 15 ou mais anos tinha no máximo o 9.º ano de escolaridade e que a taxa de abandono escolar dos jovens entre os 18 e os 24 anos é praticamente o dobro da média nacional (2016) e os docentes do ensino superior são menos envelhecidos que a média do país (2015).

A Pordata, projecto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, é um serviço gratuito de acesso a informação estatística sobre a sociedade portuguesa, desde 1960, sempre que possível, até à actualidade.

Disponibiliza mais de 2.800 quadros e milhares indicadores estatísticos em três bases de dados: Portugal, seus municípios e Europa.

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