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Equipamento para tratar cancro parado no São João

06 de outubro de 2018 às 17:19

O hospital de São João, no Porto, garante que nenhum doente ficou por tratar devido a equipamento para tratar cancro que está inoperacional.

O Hospital de São João, no Porto, assegurou hoje que "nenhum doente ficou sem tratamento" de radioterapia e que "os tempos de resposta foram garantidos" durante o processo de certificação que deixou parado por meses um novo equipamento.

"Foram assegurados os tratamentos e os tempos para tratamento de radioterapia dos doentes do Centro Hospitalar de São João (CHUSJ) através de protocolo de colaboração com o IPO-Porto e, sempre que necessário, com contratos de externalização para prestadores privados. Desta forma, nenhum doente ficou sem tratamento e os tempos de resposta adequados foram garantidos", garantiu o Conselho de Administração numa nota de imprensa.

O São João afirma estar em fase "final" a certificação do novo "acelerador linear" para o tratamento de radioterapia a doentes com cancro, cujo contrato "foi estabelecido em Outubro de 2017", pelo que se espera que "entre em funcionamento muito em breve".

O jornal Público noticia na edição de hoje que o Hospital de "São João tem máquina para tratar cancro parada há meses" por "falta de licença".

Segundo o diário, o "Laboratório de Protecção e Segurança Radiológica diz que o processo de licenciamento se arrastou porque a unidade de saúde não pagou a tempo".

O CHUSJ esclarece que, durante o processo de certificação por aquele laboratório, iniciado em Outubro de 2017, se "verificou uma divergência de análise de execução de contrato, que motivou que o pagamento da segunda de três tranches ocorresse mais tarde do que o planeado".

"A factura da terceira tranche foi recebida pelo CHUSJ em 14 de Setembro de 2018 e feito o pagamento em 2 de Outubro de 2018", descreve a unidade de saúde.

O Centro Hospitalar acrescenta que "recebeu na quinta-feira aprovação e o certificado de inspecção do laboratório, o que permitiu que nesse mesmo dia fosse enviado todo o processo para a Direcção-Geral da Saúde, entidade a quem compete a aprovação final".

"Espera-se assim que o novo acelerador linear do CHUSJ entre em funcionamento muito em breve", diz.

De acordo com o centro hospitalar, "o processo de instalação, programação e licenciamento de um novo acelerador linear é um processo moroso, carecendo de emissão de certificação pelo Laboratório de Protecção e Segurança Radiológica e da Direcção Geral da Saúde".

"O contrato com o referido Laboratório foi estabelecido em Outubro de 2017", acrescenta.

O CHUSJ explica que "identificou uma deficiente resposta interna em tratamento de radioterapia e desenvolveu, em 2017, os processos inerentes à instalação de um novo acelerador linear de forma a capacitar esta resposta".

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