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Covid-19: Governo antecipa pagamento de fundos comunitários aos agricultores

04 de abril de 2020 às 22:20

O Ministério da Agricultura estima pagar até 60 milhões de euros até 09 de abril, com a aprovação de outros fundos comunitários.

O Ministério da Agricultura está a antecipar pagamentos dos fundos comunitários aos agricultores, para os ajudar a enfrentar os impactos da pandemia, e prevê pagar até 60 milhões de euros até à próxima semana, anunciou hoje a ministra.

"É uma medida de capital importância para garantir que as empresas têm liquidez para fazer face" ao impacto da pandemia, afirmou Maria do Céu Albuquerque à agência Lusa.

"No dia 31 de março foram pagos 35 milhões de euros [de fundos comunitários aprovados] devidos desse mês e um montante semelhante seria pago a 30 de abril, mas começamos a antecipar o pagamento", explicou.

A governante adiantou que, do montante previsto liquidar em abril, foram pagos sete milhões de euros na sexta-feira e a intenção é "continuar todas as semanas a fazer outros adiantamentos até perfazer o montante de abril".

O Ministério da Agricultura estima pagar até 60 milhões de euros até 09 de abril, com a aprovação de outros fundos comunitários.

"Começámos a sentir, em alguns setores, problemas no escoamento dos produtos por diversas razões", justificou a ministra da Agricultura.

As maiores dificuldades de escoamento são, por um lado, nas carnes de raças autóctones, cuja produção foi programada para dar resposta durante a Páscoa ao consumo das famílias que, "por estarem confinadas e não se juntarem, não estão a consumir" e, por outro lado, nos queijos, enchidos e outras carnes processadas, devido ao encerramento do Canal Horeca, que tinha como principal destinatário a restauração.

Também nas frutas sem casca e nos legumes consumidos em cru há problemas de escoamento não só "por serem perecíeis, mas também pelo receio infundado no sem consumo", explicou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 60 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).

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