Costa garante que Portugal tem sistema financeiro sólido
Primeiro-ministro diz que, ao contrário do PSD, o PS não esconde "nada" nem vira a cara "a resolver os problemas que necessitam de ser resolvidos", como aconteceu com o "Banif, o BPI ou o Novo Banco, ou com todos"
O secretário-geral do PS, António Costa, garantiu, este sábado, que Portugal tem um "sistema financeiro sólido", em que "todos podem confiar" para as poupanças e para "suportar o investimento na economia, destacando a "normalidade" da vida política. "Em Portugal há que virar a página da instabilidade sobre o nosso sistema financeiro. Os portugueses têm de saber, a Europa tem de saber e os nossos empresários têm de saber que temos um sistema financeiro sólido onde todos podemos confiar para as nossas poupanças e para suportar o investimento na economia portuguesa", afirmou António Costa na sessão de encerramento do XVII Congresso da Federação Distrital do Porto, que elegeu Manuel Pizarro como líder.
De acordo com o secretário-geral socialista e primeiro-ministro, o Governo PSD/CDS quis "enganar" os portugueses "com a conversa da saída limpa [do programa de resgate e assistência financeira], escondendo "debaixo da mesa o estado em que se encontrava o sistema financeiro", ao passo que o PS não esconde "nada" nem vira a cara "a resolver os problemas que necessitam de ser resolvidos", como aconteceu com o "Banif, o BPI ou o Novo Banco, ou com todos".
No mesmo local, o secretário-geral do PS, António Costa, defendeu a eleição das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR) para que estas entidades respondam "perante o poder local" e sejam "o primeiro passo na democratização do poder regional".
"Para estes desafios [de reformas do Estado e relançamento da economia], é fundamental o apoio parlamentar, mas também a articulação com os municípios, as freguesias, as áreas metropolitanas directamente eleitas, que respondam perante os cidadãos, e por CCDR que não sejam emanações do poder central mas eleitas democraticamente e que respondam perante o poder local", afirmou.
Para o líder do PS, esta alteração nas CCDR são um "primeiro passo para avançar para a democratização do poder regional". Costa não avançou com mais detalhes sobre o novo modelo das CCDR, mas antes da sua intervenção já o novo líder distrital do PS/Porto, Manuel Pizarro, tinha defendido mudanças naquelas estruturas como forma de contornar uma "maioria de pessoas difícil de convencer" sobre uma Regionalização "indispensável ao desenvolvimento equilibrado do país e à coesão nacional".
"O PS/Porto apoia o desenvolvimento de mecanismos de legitimação democrática da CCDRN que lhe devolvam a capacidade de liderança política e técnica que chegou a ter no passado. Em Outubro vamos promover o Congresso dos Socialistas do Norte. Este será o palco privilegiado para mobilizar o Norte para um debate sobre a estratégia para a região e sobre o modelo a adoptar para a governação da CCDRN", afirmou Manuel Pizarro.
No fim do congresso distrital do PS/Porto, Costa notou também que o "desafio fundamental" desta estrutura partidária é "ganhar" as eleições autárquicas de 2017 "nos municípios, nas freguesias e na Área Metropolitana do Porto". "No distrito, a única ambição que o partido deve ter é não só manter as autarquias que tem e ganhar o que ainda não tem".
Costa referiu ainda a intenção de "assinar a ficha de militante" socialista a Guilherme Pinto, o socialista que se desfiliou do partido para concorrer como independente à Câmara de Matosinhos nas autárquicas de 2013.
Para Costa, o regresso de Guilherme Pinto e a pacificação das estruturas locais do partido é "um exemplo de reunificação do PS que tem de estar no espírito de qualquer concelho".
Já Manuel Pizarro tinha destacado a intenção de "recuperar a Câmara de Matosinhos", a par de "vencer a eleição directa para a Área Metropolitana" e "vencer a maioria das câmaras do distrito do Porto". Por referir, tanto por parte de Pizarro como de Costa, ficou o futuro do PS nas autarquias do Porto.
Manuel Pizarro é, actualmente, vereador da Habitação da Câmara do Porto, depois de ter assinado um acordo pós-eleitoral com o independente Rui Moreira, vencedor das autárquicas de 2013.
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