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Chega diz que maior Governo desde 1976 é "uma vergonha para o erário público"

15 de outubro de 2019 às 22:25

O deputado eleito fala também numa "enorme estupefação pela manutenção da ministra Marta Temido e do ministro Eduardo Cabrita nos respetivos cargos", à frente dos ministérios da Saúde e da Administração Interna, respetivamente.

O líder do Chega e deputado eleito,André Ventura, criticou o Governo apresentado esta terça-feira ao Presidente da República pelo primeiro-ministro indigitado, considerando que o facto de ser o maior desde 1976 representa "uma vergonha para o erário público".

Numa nota enviada aos jornalistas,André Ventura refere que vê com "enorme estranheza e consternação" a apresentação "de um Governo com o maior número de ministros desde 1976".

"É uma vergonha para o erário público e para o esforço dos portugueses", salienta.

O deputado eleito fala também numa "enorme estupefação pela manutenção da ministra Marta Temido e do ministro Eduardo Cabrita nos respetivos cargos", à frente dos ministérios da Saúde e da Administração Interna, respetivamente.

"Quanto à saúde, é público e notório o estado em que se encontra, com carência de medicamentos para doenças extremamente relevantes", refere o dirigente do Chega, acrescentando que, "quando à Administração Interna, o caso das golas inflamáveis deveria ter sido mais do que suficiente para renovar toda a equipa".

Por isto, na ótica do Chega, este "é um péssimo começo para o Governo socialista".

O XXII Governo Constitucional, hoje apresentado por António Costa ao Presidente da República, vai ter como ministros de Estado Pedro Siza Vieira, Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Mário Centeno.

A existência de quatro ministros de Estado é uma das principais novidades face ao Governo anterior, uma opção que, fonte oficial do executivo, justifica como "um reforço do núcleo central" do executivo.

Catorze ministros mantêm-se à frente das mesmas pastas, existindo cinco novos ministros.

À saída da reunião na qual apresentou a Marcelo Rebelo de Sousa a equipa do XXII Governo Constitucional, o primeiro-ministro indigitado, António Costa, considerou que este é um elenco governamental "de continuidade" e "reforçado politicamente".

O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.

O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República "na próxima semana", em "data a determinar", após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.

O PS foi o partido mais votado nas eleições de 06 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.

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