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César Boaventura passa o fim de semana na prisão à espera da pulseira eletrónica

SÁBADO 17 de dezembro de 2021 às 22:20

Tribunal decidiu que empresário ligado ao futebol ficaria em prisão domiciliária, mas dispositivo só deverá ser instalado na segunda-feira.

O empresário de futebol César Boaventura vai passar o fim de semana na cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto e só na segunda-feira deverá ser instalado o dispositivo eletrónico ao empresário que ficará em prisão domiciliária e responde por fraude fiscal, branqueamento, burla e fraude informática.

césar boaventura  Ricardo Jr

A decisão foi conhecida esta sexta-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, com os outros dois arguidos da "Operação Malapata" a saírem em liberdade. Os arguidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial no TIC do Porto, que determinou que o empresário, considerado pelo Ministério Público o líder de um "esquema" de fraude fiscal e branqueamento, ficasse sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica (OPHVE), disse à agência Lusa fonte judicial.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou três detenções, entre as quais a de um empresário do setor metalúrgico e a de outro ligado à atividade desportiva, (César Boaventura), e a realização de 28 buscas domiciliárias e não domiciliárias nos concelhos de Barcelos, de Braga, de Esposende, da Trofa, de Vila Nova de Famalicão, no Funchal, em Benavente e em Lisboa.

No auto de buscas do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, a que a Lusa teve acesso, estão descritas várias empresas (incluindo uma têxtil e outra de construções metalomecânicas), quase todas localizadas na região Norte do país, diversos contabilistas, Benfica e Sporting e respetivas SAD - Sociedade Anónima Desportiva, mas os clubes já garantiram que não são arguidos nem visados na investigação, que procura apurar a eventual prática dos crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento.

No documento, a investigação assume que "se desconhece até ao momento o grau de envolvimento dos clubes e sociedades referidas neste esquema liderado pelo suspeito César Boaventura". No comunicado divulgado na quarta-feira, a PJ explica que foram, até ao momento, identificados movimentos financeiros, em diversas plataformas, num montante superior a 70 milhões de euros.

Com Lusa

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